Querido Patriotismo

Feito em 15 de Julho de 2012...

Quero morrer em minha pátria,

Quero levar seu nome ao mundo,

Fazer esperanças surgirem do fundo,

Das tantas tarjas que cobrem os olhos.

A curta viagem entre um espaço e um tempo.

Renego a minha culpa, e a mim mesmo,

Tudo é muito relativo para o momento.

Qual será o signo que minha cidade representa?

Um emblema do futuro dos anos 50,

Um desejo de desventura,

Um ensejo a mais de loucura,

Eu sou desse pedaço de chão.

Preciso da ajuda de um santo,

Quero fazer minha cidade e meu antro,

Passar a ser forte e com orgulho.

O povo daqui não presta, é burro,

Mas o lugar não poderia ser mais cativante.

Um vale entre montanhas estonteantes,

Um amor para mais de séculos.

Uma grande estrela em um coração,

Da onde surge o meu pedaço de chão,

Nascido, acrescido, mais não possuído,

Pelo espirito do orgulho das pessoas do lugar.

Sorrisos nas praças, pessoas que mentem,

Que fingem o que sentem,

Para parecerem um pouco decentes, Oh sim!

A noite é mágica com todas as luzes,

Bem no fim do dia eu sei sobre as cruzes,

Que o povo tem que carregar todos os dias.

E meu patriotismo barato de liquidação me invade,

E me perco nos olhares das pessoas com maldade,

Por que o lugar é que me importa,

Não esse tanto de gente deserta e morta.

Tudo vai ficar bem,

Poderei dormir por mais noites sobre os mesmos céus,

Poderei ver erigirem para o céu o mais alto dos prédios,

E todos os anos na virada do ano os mesmos brilhos do céu médios,

Que sopram em nossa cara mais um começo.

Folhas caídas, pedaço do meu futuro.

Lá vem mais uma noite, tudo fica escuro.

Lá fora o tempo não passa,

E eu nunca mais pensarei desgraça,

Pois se o principio é a força,

Eis que surjo, eis que me ergo,

Para destruir um simples desejo:

Desejo de fechar os olhos,

Em meu pedaço de chão,

De me igualar e perder a razão,

Quero um lugar meu e relativo.

Querido patriotismo!

Se eu amo meu lugar, não me deixe cair nesse modismo,

A praga da ignorância e do julgamento sem causa.

Cidade da minha vida, da minha infância querida,

Do povo que entre olhares me dá náusea.

By: AyKe.HeineDef.