Desejo de Principiante

Feito em 08 de Julho de 2012...
Andar pelas ruas, buscar um destino.
Desejar profundamente, acordar com os sinos.
Os desejos de um principiante da luz.
O frio de domingo, um jogo de bingo,
Um passado com blusas e cabelos louros.
Montado nos sonhos,
Montado em unicórnios,
Que os levavam para o mundo de Oz,
Para o mundo dos nós,
Das famílias perfeitas de comercial de margarina.
“Sorria sua besta, não perca a compostura!”
“Deus está lhe vendo, lhe dará algo a sua altura!”
Esse desejo é espiritual. Vem da alma.
Esse desejo é o princípio. Ele me acalma.
E vem de um passado, já feito, já pronto.
Encerrado em lembranças que me deixam tonto.
Pois tudo muda. E isso me intriga.
Será falta de opinião? Será minha fadiga?
Devo sair por aí buscando um destino,
Desejando profundamente, acordando com sinos.
Sonhando com flores em momentos de guerra,
Adorando os senhores que me fazem essa fera,
Da história da mágica, do mundo mágico, dessa maldita Terra.
A fábrica de doces existia, e ela me engolia, me engolia!
Tirava de mim a beleza de viver com alegria.
Nas paredes brancas de um hospital,
Eu ficava olhando para minha mãe,
E a vida me adoecia, e eu ali ficava cantando,
Da minha janela o mundo andava quase parando,
E sempre aprendi a confiar nas pessoas,
Mas elas roubam nossos sonhos,
Elas manipulam nossas palavras,
E se eu terminar esse texto,
Poderei dizer que desejei como um principiante,
Cavalgar pelos meus sonhos, com portas pivotantes,
E sair pelos campos alegre e confiante,
Sendo aquilo que meu destino sempre desconfiou em me fazer.
Enfim depois de alguns anos tive que crescer,
E encarar toda essa liberdade e verdade que não aceitava,
Minha família então se acabava,
E mais uma vez em historias sem sentido eu me encontrava,
E não sabia mais o que fazer.
Seria a melhor hora para eu começar a rever,
As mesmas escolhas de minha infância,
Adoecer nas minhas fantasias de criança,
E me fazer viver, para sempre no mundo de Oz.
Convença-me de que nunca fui capaz de criar,
Convença-me de que nunca fui capaz de nada,
Você viveu minha vida? Conheceu minha jornada?
Ouviu e imaginava o que eu fazia?
Você passou comigo na verdade um dia?
Eu sempre tive grandes motivos para reconhecer,
Que um dia isso tudo mudaria e alguém fosse me surpreender,
Dizendo coisas sem sentido que eu já sabia.
Mas isso é apenas um desejo de principiante,
Um dom a mais de um ajudante,
Que cresceu entre tantas paredes brancas e felicidades mortas,
Por que eram assim as minhas brincadeiras sorrateiras e tortas,
Que me envolviam em tantos começos e fins de dias.
Enfim, devo andar pelas ruas e buscar por um destino,
Desejando profundamente, que isso que eu escreva vire um hino,
Ou mais um desejo de um principiante da luz.
“Não há lugar como o lar!”.

By: Loans Darie.


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