Amor Oriental

Feito em 17 de Julho de 2012...

Podemos criar uma cidade no meio do nada,

Podemos amar a pessoa errada,

Criar fronteiras para Malaca,

Um amor indonésio mulato.

Sem perspectivas para uma nova nação,

Um amor baseado em uma canção,

Não um amor de verão, que muda com a estação.

Um amor oriental, um amor mais simpático,

Nunca morto ou apático.

Flores de pessegueiros,

Guarda-chuvas, quimonos e desdenhos,

Amor que dura por um ano do galo inteiro.

O que pode nos tornar ácidos,

Pode ser um pouco mais prático,

A vida sem um desejo mágico,

De um dragão dourado e fantástico.

Ouvimos os gritos da modernidade,

Nas rádios só falam sobre as casualidades,

Entre um belo amor e um belo princípio.

E nos parece coerente dizer amar quando é início,

Mas o tempo é o tempo e torna tudo difícil,

Uma fala, um momento, tudo vira um precipício,

E uma doentia fixação entre tudo que é irreal.

Nos golpeiam na face os sonhos,

E ficamos certos que um dia retornamos,

A viver um grande e belo amor oriental.

Se isso começou com paranormal, deve haver um final.

Olhos puxados para evitar que se enxergue muito,

Ou que se enxergue pouco.

O amor é uma vivência dos dias,

Mas nunca será um jogo.

Não adianta possuirmos uma grande nação,

Sem a sabedoria popular de seu povo,

Sem um passado não haveria nada novo,

Assim agimos com os nossos corações.

E sentimos cada instante uma dúvida,

Não por amar mais por querer o bem,

Não por caridade, mas para fazer o bem.

É difícil. É doloroso. É infernal. É assombroso.

E não sabemos qual caminho seguir,

Se nós andamos sobre estrelas,

Ou se comemos as mesmas, no café da manhã.

E se não houver mais estrelas?

E se os tempos foram apagados,

Se uma pessoa ficar com o pecado,

É injusto desejar que ela morra?

Certo não é ver apenas o lado de um,

E desejar que se acabem um por um,

Os casais de amor orientais ou africanos.

Certo é desejar que nunca se acabe,

O amor entre tanta beleza que tudo sabe.

Com amor se erguem muros,

Se fazem tijolos.

Com os mesmos tijolos de amor,

Se erguem grandes edifícios,

E se afundam grandes covas,

Para se fazer o novo. Para se enterrar o velho.

Apenas acabo. Mais uma etapa se concluiu.

O jovem garoto fez sua escolha,

E o mundo de alguém caiu.

Permaneço vivo na sorte dessa temporada,

Escolhi a verdade na minha jornada,

O amor baseado em uma canção.

By: Artus KieDake.