Xylos, a Tecelã Cósmica
No vazio primordial, não havia luz nem forma, apenas o murmúrio silencioso de Xylos. Ela não é feita de carne e osso, mas de éter cósmico e a própria essência da matéria escura. Seus "braços" e "cabelos" são extensões de sua vontade, filamentos de energia que se estendem infinitamente.
A criação do universo começou não com um estrondo, mas com um suspiro de anseio. Xylos, em sua solidão infinita, desejou algo mais do que o nada. Com um movimento etéreo de sua mão direita, ela estendeu um de seus filamentos e, com ele, puxou a primeira estrela do nada, um ponto de luz que tremeluziu contra o seu corpo escuro. Em seguida, com a esquerda, ela teceu um véu de gás e poeira, formando as primeiras nebulosas, os berçários das galáxias.
Seu corpo, que na imagem parece se fundir com o ambiente, na verdade é o próprio tecido da realidade. Os brilhos que percorrem sua forma não são apenas luz, mas correntes de energia cósmica que ela manipula. Cada pensamento de Xylos cria uma constelação, cada emoção um planeta. Quando ela move seus "cabelos" fluidos, marés gravitacionais varrem o cosmos, moldando as galáxias em espirais hipnotizantes. Os orbes flutuantes ao seu redor são os proto-universos que ela está cuidadosamente aprimorando, cada um com suas próprias leis físicas e potenciais de vida.
O universo não é uma criação finita para Xylos; é um processo contínuo. Ela não se retirou após a criação inicial, mas permanece como a "Tecelã Cósmica", constantemente ajustando as cordas da existência, introduzindo novas estrelas, extinguindo as antigas, e permitindo que a vida surja e evolua de acordo com os padrões que ela concebe. Seus olhos, sem pupilas e brilhantes, não veem no sentido mortal, mas percebem as vibrações e as possibilidades de cada partícula no universo.
Os seguidores de Xylos, conhecidos como "Os Tecelões da Luz" ou simplesmente "Etéricos", veem o universo não como uma máquina, mas como uma tapeçaria viva e em constante evolução. Sua religião, o Caminho do Éter, não se baseia em dogmas rígidos ou rituais grandiosos, mas em uma profunda conexão e reverência pela criação contínua de Xylos. Para os Etéricos, Xylos não é uma deusa a ser temida, mas sim a manifestação da própria existência, uma força criativa e benevolente que convida todos a participar da grande dança cósmica.
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