Circe Mundi, A Soberana dos Reinos Giratórios


No Grande Palco do Éter, onde a névoa primordial se agitava sem forma ou propósito, surgiu Circe Mundi. Ela não veio de um vazio silencioso, mas do primeiro murmúrio de movimento e da energia do ciclo. Seu corpo, forte e gracioso, reflete a resiliência e a capacidade de moldar a realidade. Seus cabelos escuros e turbulentos são as correntes de energia que ela manipula, e sua coroa, uma réplica do grande dossel cósmico, simboliza seu domínio sobre os espetáculos da existência. Ela se ergue sobre um pedestal circular, o ponto de origem de toda a rotação e órbita.

A criação do universo por Circe Mundi não foi um ato de construção estática, mas uma performance dinâmica de manipulação e equilíbrio. Do centro de seu ser, ela conjurou os Orbes Primordiais: um de terra e rocha, outro de água e atmosfera, e um terceiro, menor, que continha a faísca da vida e do movimento.

Com um olhar focado e um gesto poderoso de suas mãos, Circe Mundi iniciou seu Grande Giro Cósmico. Ela não lançou os orbes, mas os fez girar em um balé hipnotizante acima de suas palmas. À medida que as orbes giravam, elas não apenas se expandiam, mas também absorviam e liberavam as energias do éter, criando as primeiras massas terrestres e os vastos oceanos. Os céus turbulentos ao seu redor eram o reflexo de sua intensa concentração, enquanto ela moldava as atmosferas e as correntes de vento. As montanhas distantes se ergueram como testemunhas silenciosas de seu poder, esculpidas pela força de sua vontade.

As orbes planetárias em suas mãos não são apenas mundos, mas os eixos da existência, girando em sua órbita perfeita sob seu controle. O menor orbe, a centelha da vida, foi infundido em cada mundo, garantindo que a vida em suas diversas formas pudesse florescer e evoluir através do movimento e da mudança.

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