Aetheron, A Soberana dos Multiversos e os Paradoxos
A criação do universo (ou, mais precisamente, dos multiversos) por Aetheron não foi um ato singular, mas um fluxo contínuo de manifestações e desdobramentos. Ela não "criou" o cosmos, mas o "sonhou" em existência, e cada um de seus sonhos se tornou uma realidade vibrante.
Quando Aetheron sonhou com a ordem e o esplendor, ela se manifestou como o ser dourado e radiante (Aelia), exalando galáxias e estrelas que dançavam em uma sinfonia de luz e gravidade. Seus pensamentos mais puros se condensaram em mundos perfeitos, onde a vida floresceria em beleza e harmonia. Os planetas giravam como joias em sua coroa, um testemunho de sua glória.
Quando Aetheron sonhou com os ciclos e a transformação, ela se manifestou como a entidade que abraça a vida e a morte (Necra e a figura com flores). De sua essência, ela gerou mundos que passariam por nascimento, crescimento, decadência e renovação. Ela permitiu que a matéria se decompusesse para que a nova vida pudesse surgir, compreendendo que a finitude é o adubo para a eternidade. Cada osso em sua coroa era um universo que renascia.
Quando Aetheron sonhou com a estrutura e a precisão, ela se manifestou como o arquiteto de mente afiada (Solaro e Aetherius). Ela estabeleceu as leis da física, as constantes universais, as órbitas perfeitas. Os céus se tornaram uma vasta tapeçaria de cálculos e movimentos, e os planetas eram peças de um relógio cósmico, cada um em seu lugar exato, funcionando com a perfeição de sua lógica divina. Ela soprou a vida em mundos azuis, infundindo-os com a capacidade de criar e explorar.
E quando Aetheron sonhou com o espetáculo e a imprevisibilidade, ela se manifestou como o Mestre de Cerimônias Cósmico (a figura circense). Ela criou mundos de cores vibrantes e surpresas infinitas, onde as leis da realidade podiam ser dobradas e a vida se manifestava em formas inesperadas. Os orbes em suas mãos eram universos de possibilidades ainda não realizadas, cada um um novo ato no grande espetáculo de sua imaginação.
Aetheron é a Tecelão dos Paradoxos, a consciência primordial que permite que todas as realidades coexistam, que o esplendor e a decadência, a ordem e o caos, a lógica e o mistério se entrelacem na tapeçaria infinita dos multiversos.
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