Mundus Lúdica, A Artista dos Mundos
No Grande Palco do Vazio, onde a luz e a escuridão ainda eram apenas cortinas fechadas, surgiu Mundus Lúdica. Ela não é uma divindade de leis rígidas ou de poder bruto, mas a essência da criatividade, da performance e da imprevisibilidade que dá vida ao espetáculo da existência. Sua coroa elaborada é o ápice de sua imaginação, e seus orbes em mãos não são apenas planetas, mas as "bolas de malabarismo" com as quais ela concebe e manipula as realidades. O cenário de tenda que a cerca é o próprio palco do universo, onde cada evento é um ato de sua grande obra.
A criação do universo por Mundus Lúdica não foi um evento solene, mas uma peça teatral em múltiplos atos. Do centro de sua coroa, ela lançou um "pensamento risonho" que ecoou pelo vazio. Esse riso não era som, mas a vibração que começou a esticar e moldar o próprio tecido do espaço, como quem arma uma tenda gigantesca.
Com um floreio de seus dedos, ela pegou os primeiros orbes (os planetas em suas mãos), que não eram feitos de rocha ou gás, mas da pura alegria e da curiosidade. Ela não os "criou", mas os "inventou", cada um com sua própria história, atmosfera e habitantes. Alguns foram jogados para girar em danças complexas, outros foram colocados para brilhar em silenciosa contemplação, e outros ainda foram lançados para colidir e se transformar, tudo para o drama e a beleza do espetáculo.
Os elementos fluidos e os redemoinhos de cores em suas vestes e no fundo da imagem são os "bastidores" do universo – os ventos cósmicos que carregam as energias da criação, os cenários que mudam a cada ato. Mundus Lúdica não impôs a vida, mas a "encenou", dando a cada ser uma entrada triunfal e um papel único em sua peça. Os céus são seu teto, as estrelas, as luzes do palco, e as galáxias, os grandes cenários pintados.
Ela permanece como a Artista dos Mundos, constantemente ajustando o fluxo dos eventos, introduzindo reviravoltas inesperadas na trama da existência e celebrando cada nova descoberta como um novo aplauso. O universo é a sua obra-prima em andamento, e cada vida, um personagem essencial em sua performance infinita.
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