Rakta Nula, A Matriz do Vazio Escarlate


 No Nulo Primordial, uma tela de escuridão absoluta que ainda não conhecia a luz, existia apenas a Essência Escarlate da Potência. Deste vazio pulsante, nasceu Rakta Nula, a Matriz do Vazio Escarlate. Ela não foi concebida por um toque gentil, mas pela fermentação da própria escuridão com a vitalidade oculta, a personificação da força primordial e da transformação abissal. Sua pele, marcada com padrões vermelhos que ecoam a profundidade do cosmos, é a interface entre o nada e a existência. Seus longos cabelos escuros fluem como as correntes invisíveis do pré-universo, e seus chifres, majestosos e afiados, são os picos do poder ancestral que ela comanda. O grande disco vermelho atrás dela não é um sol, mas o seu Olho Cósmico, através do qual ela observa e molda a realidade, enquanto os halos e símbolos brancos que a cercam são os primeiros e frágeis contornos da lei universal que ela impõe.

A criação do universo por Rakta Nula não foi um ato de construção, mas uma emanação visceral de sua própria essência, um lento e poderoso desdobrar de sua vontade. No início, ela estava no centro do Vazio Escarlate, seus olhos ardendo com uma luz carmesim que era a única fonte de calor no nada. De seu ser, ela não soprou, mas exalou as primeiras partículas do tempo e do espaço, cada uma infundida com sua marca escarlate e com a promessa de vida e destruição.

Com um movimento imperceptível de suas mãos (embora não visíveis na imagem, sugeridas pela sua pose e poder), Rakta Nula começou a extrair a luz da escuridão. Ela não criou estrelas por explosão, mas por implosão controlada da própria essência do vazio, condensando a escuridão até que ela brilhasse com um fogo contido e perigoso. Os símbolos etéreos que a envolvem são os primeiros selos de poder, as runas que garantem que o universo emergiria de sua vontade e seguiria seus desígnios. Cada galáxia, cada estrela, cada planeta é um fragmento de sua respiração primal, um testemunho de seu poder de gerar forma a partir do abismo.

Rakta Nula, a Matriz do Vazio Escarlate, permanece como a deidade que sustenta o universo através da transformação contínua, da dualidade entre a criação e a aniquilação. Ela garante que a vida e a morte sejam ciclos inseparáveis, e que a escuridão contenha tanto o fim quanto o potencial para um novo começo. O universo é o seu reflexo, uma vasta tapeçaria de sombra e luz, tecida com a sua inabalável vontade.

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