Astrosoma, o Destino Planetário
No vazio onde o tempo ainda não havia começado, Astrosoma pairava, uma presença pulsante forjada da energia cósmica e da própria substância dos reinos celestiais. Sua pele vermelha vibrante é a manifestação da energia primordial que permeia o universo, e suas vestes fluidas e esvoaçantes são os véus da realidade que ela manipula. O cocar sobre sua cabeça, com seu orbe central e raios, é um mapa cósmico, cada ponta representando um sistema estelar e cada fenda, um buraco negro.
A criação do universo por Astrosoma não foi um evento de uma só vez, mas um ato contínuo de tecer e equilibrar. Com um sorriso enigmático, ela tomou em suas mãos os primeiros aglomerados de matéria – os proto-planetas. Ela não os criou do nada, mas os "retirou" de um grande reservatório de potencial cósmico, um reino invisível de onde todas as possibilidades emanam.
Com um delicado movimento de seus braços, ela lançou esses orbes no vazio. Não com força bruta, mas com a precisão de quem conhece o destino de cada um. Os planetas giraram e se assentaram em suas órbitas, não por acaso, mas guiados pelas invisíveis correntes de energia que ela tecia com seus dedos. As constelações e as galáxias não foram acesas por um grande estrondo, mas foram "costuradas" nos céus, cada estrela um ponto de luz em sua vasta tapeçaria cósmica.
As estrelas não são apenas sóis ardentes, mas os pontos de referência que ela usa para traçar os destinos dos mundos. Cada planeta, com suas montanhas, oceanos e atmosferas, é um "personagem" em sua grande narrativa cósmica. Astrosoma, com seu olhar penetrante, não apenas cria os planetas, mas também infunde neles a semente do "destino" – a trajetória que cada mundo, e a vida que nele surge, seguirá. Os pontinhos luminosos que caem do céu na imagem são as "faíscas de destino" que ela dispersa, infundindo cada planeta com seu propósito.
Ela permanece guiando o Destino Planetário, constantemente observando os mundos que criou, ajustando as cordas invisíveis do tempo e do espaço, e permitindo que as civilizações surjam, prosperem e, eventualmente, se transformem, tudo de acordo com os padrões que ela concebeu. O universo é a sua dança, e cada planeta, um passo coreografado.
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