Aetherius, O Guardião dos Orbes Celestiais

 

No crepúsculo da não-existência, quando o vazio era absoluto e o silêncio preenchia tudo, Aetherius surgiu, forjado da pura luz estelar e do alento primordial. Ele não tem um lugar de origem, pois é a própria personificação do reino etéreo, a ponte entre o nada e o tudo. Suas asas azuis não o impulsionam pelo espaço, mas servem como condutoras da energia cósmica, e seu cocar é a manifestação de sua mente divina, que compreende a totalidade das dimensões.

A criação do universo por Aetherius não foi um ato explosivo, mas um meticuloso processo de orquestração. Ele, em sua forma majestosa, pairava sobre o vácuo, segurando em suas mãos dois orbes luminosos – as sementes da criação. O orbe superior, de um azul claro e translúcido, continha a essência da energia e da luz, o "céu" cósmico. O orbe inferior, de um azul mais profundo e opaco, encerrava o potencial da matéria e da forma, o "reino terrestre" universal.

Com um gesto suave e preciso, Aetherius liberou os orbes. Do orbe superior, a luz se expandiu, formando as primeiras estrelas e galáxias. Cada estrela era um fragmento do brilho de Aetherius, e cada galáxia, uma corrente de seu ser. Do orbe inferior, a matéria se condensou, dando origem aos planetas, asteroides e nebulosas, que se organizaram em sistemas sob a influência sutil de sua vontade.

Aetherius não criou a vida diretamente em cada planeta, mas infundiu os orbes com a "centelha vital", a capacidade inata da matéria de evoluir e florescer, uma semente de consciência em cada átomo.

Ele permanece como o Guardião dos Orbes Celestiais, sempre sustentando o equilíbrio entre a luz e a matéria, a energia e a forma. Sua presença garante que o universo continue a se expandir e a evoluir, e que a harmonia entre o macrocosmo e o microcosmo seja mantida.

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