Arúspice 51

Feito em 14 e 15 de julho de 2011...
Antes de publicar esse texto venho por meio dessa pequena introdução pedir desculpas se no próximo mês terei uns textos muito pesados, mas estou passando por alguns problemas, e então vou publicar esses já escritos faz muito tempo, pra poder realmente tentar me achar nas palavras. Eu sempre procurei por mim mesmo. Pensei que tinha me encontrado. Mas não. Hoje estou muito confuso, e nunca pensei que poderia causar um mau tão grande. Magoei alguém. Mas tudo por que não confio em mim. Não consigo amar aquilo que sou, ou aquilo que eu faço. Estou desorganizado. Bom não quero encher o saco de ninguém. Acompanhe meus textos a seguir...

O que você tanto procura em mim?
Você não irá achar nada em minhas entranhas.
Se sou seu sacrifício,
Suas adivinhações são meros restos.
Senhor arúspice, você não irá ver nada.
Apenas um intestino já estragado.
O que você tanto procura em mim?
Suas profecias ou adivinhações?
Oh, Roma. Oh Roma. Tadam Wo-ah.
Não sinto o medo de sua faca,
Abrindo minha pele,
E fazendo meu sangue jorrar,
Suas profecias baratas de um arúspice 51,
Quando poderei descansar?
Aqui jaz um cadáver que pega fogo,
O que você tanto procura em mim?
Mexa com seus dedinhos nos meus intestinos,
Vasculhe meus pulmões ou meu fígado,
Cuidado com meu coração.
Cavouque em minhas entranhas com suas mãos.
O que você tanto procura em mim?
A dor não aumenta, o sangue só faz é jorrar.
Você quer me ver pálido, arúspice amigo?
Tente adivinhar o futuro com meu estômago,
Tente profetizar o amanhã com o meu cérebro,
Cuidado com meu dedo. Ops, esmagou.
Cuidado com os olhos que te veem. Não os feche.
Achou o que procurava, prezado homem?
Tudo valeu a pena para você?
Me diga, o que vê agora? O que você vê?
O seu fim meu prezado sacerdote?
Revista-me com as mesmas rosas,
Me enterre por sobre gramas e campos.
O que você tanto procura em mim?
Recapitulei o que me aconteceu.
O que você viu em minhas entranhas ou restos?
Sabedoria romana. Tempo milenar.
Sabe quem lhe vê com os mesmos olhos abertos,
Enquanto abre minhas entranhas "A lá Roma"?
Os mesmos olhos castanhos esverdeados, já mortos.
Inseridos na mesma face fria e morta.
Agora você vê? Agora você adivinha?
Como você reage as minhas pupilas já frias?
Vamos rir de tudo isso depois, querido 51 arúspice.
O que você vê por entre tecidos e sangue?
Por entre risadas e tambores estonteantes.
Qual a sua profecia? O que será de mim?
Nobre jovem do cabelo bicolor.
Jaz em uma mesa, sua cabeça já morta.
Não brinque com seu bisturi oh crápula!
Do que adianta costurar em mim seus sonhos,
Suas visões, suas profecias, suas alucinações?
Do que adianta me drogar com chá de cogumelo,
De cores, de céus e de infernos.
Rasga minha pele. Faça jorrar meu sangue.
O que você prevê mexendo em minhas entranhas?
Faça uso de meu intestino,
Já não presta, nobre arúspice 51.
Apenas peço que me enterre com as rosas,
Em um belo campo.
Alucinações!, Alucinações!,
Eu não quero, eu não quero,
por favor, eu não quero!
Não me rasgue, não me abra. Preveja o seu futuro!
Você então já usou minhas entranhas?
Mas o que você quer de mim, 51?

By: AyKe.AeRa.


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