Mar de Palavras Mortas

Mudaram a cor instantânea e a transmissão do sinal,
Partiram as moléculas ao meio, e eu não percebi,
A vida passou entre pequenas cirurgias da moral,
Que me colocaram no mundo, então eu nasci.
O sonho da bomba atômica, protótipo 4 virando a esquina,
Um medalhão no pescoço, alquimia que é o ouro,
Um doente hospitalizado tomando um soro de morfina,
Para guardar para si as suas dores e o seu tesouro.
Abriram as portas da capital da interrogação,
Sobre o que eu estou tentando falar?
Para responder eu penso no ponto de exclamação,
Mas a minha filosofia é agir e não pensar.
Pulsante, a minha pressão não quer fazer sentido,
O meu sangue sobre para a cabeça em reviravoltas,
E de uma lâmpada um gênio me atende um pedido,
Estou transitando dentro de um mar de palavras mortas.
Não precisa fazer sentido, nem direção, não tem mais tempo,
A vida é curta. E curta é essa frase.
Quero acreditar por apenas mais um momento,
Que foram erguidos os alicerces de uma nova fase.
Eu remo, na Roma, da Vinci,
Eu traço com um esquadro o meu desenho,
Lá France, Lá Dance, Leonardo,
Eu tenho em minha veia uma agulha e desdenho.
Alguém me disse: “deixe essas palavras mortas,
Existe muita gente que escreve sem significado!”
Isso não é sinal de loucura, o mundo dá voltas,
E em uma delas você pode acabar iluminado.

By: Ayke La’Reyl
Feito em 02 de Abril de 2015.

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