A Morte do Homem Amor

Na escuridão de um fim de dia,
Sentado observando o sol.
Centralizado pelos olhos que amaram,
As criaturas da face toda da Terra.
Logo mais é primavera,
Não precisarei dos amores e corações,
Estarei com as flores das estações,
Mais quentes e coloridas.
Poesias...
Drogas de versos malditos...
Onde foram parar os humanos eruditos?
Não querem mais saber sobre o céu de estrelas...
É mais preferível ficar esparramando mentiras,
Atrás de filtros e falsidades, com a morte...
Oh adeus Homem Amor! Boa sorte!
Poesias?
Quem que quer esse tipo de lixo?
Posso juntar tudo e colocar para a coleta na quinta,
Quando sobe o caminhão pegar todo meu resto,
Tudo aquilo que fui e comi na semana toda.
Que banalidade,
Estava exposta com ratos no porão
Seu nome, eu sei seu nome no refrão..
Mas não sei de todo o resto...
Você não presta.
É como um lixo de poesia...
Como um homem que não ama.
Como um grito que congela
Como isso que tento escrever e não sai...
Encho as linhas com porcarias e migalhas...
Me dá uma arma, me mata por favor...
Cansei de figurar como o Homem Amor!
Não quero ser metade sabendo que posso ser inteiro.
Poesias?
Que vá para a merda!
Coração no rosto?
Não basta um no meu peito?
Me mata seu filho de uma puta...
Me mata seu filho de uma puta...
Me tira de cena, me joga para o escuro,
Quero escrever me sentindo seguro,
Tanta cor e tanto brilho... Apague o meu nome.
Esse discurso é a jura da irrealidade.
Poesias? Vulnerabilidades...
Se escrevo, depois quem sofre sou eu.
É esta matéria que sempre dói, cadê o amor?
Não pode estar escondido embaixo da epiderme.
Me salve! Eu não posso ser o seu boneco...
Poesia sobre o que não é mais secreto...
Me mate!
Me mata seu filho de uma puta...
Me mate!
Me mata seu filho de uma puta...
Quem que quer esse tipo de lixo?
Poesia?

By: Vinicius Osterer
Feito em 20 de agosto de 2017.

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