Selva de Mary Jane

Era selva no meu canteiro de flores
Era fogo que ardia da montanha
E a minha barriga enrolada com dores
Em um homem que nunca ganha,
Um homem que sempre perde.

E com todos vossos desejos, Deus queira
Um grande amor que se balança...
Pode parecer uma eventual besteira,
Mas hoje eu sou mais uma mudança,
Uma palavra habitada, criada no nada.

Um pouco mais de calor na gente...
Um pouco mais de amor de risco,
Um pouco menos e sutilmente,
Aquilo que não é bem visto,
E quem falou que não tenho miopia?

Não tira minha pira, me joga e me gira,
Que eu quero ser o pecado,
Me deixa alucinado,
Na praia vazia em Copacabana,
No réveillon que nunca tive na vida...

O beijo molhado na chuva,
Seu nome sem uma vulva,
Eu quero chorar e derramar sentimento em você.
Quero ser uma tempestade de raios,
...Não vou mais chorar... Isso não vou.
Vou me perder entre fontes,
Com águas mansas, nas beiras das rodovias...
Vem meu amor viaja comigo,
Eu roubo um carro para desaparecermos!
Para nós dois nunca mais sabermos,
O que querem, o que falam, o que sabem sobre nós!

Viaja dentro do teu conhecimento,
Extravasa o que te devastas,
Traz para ti o que te completas...
E o que te fizer um grande efeito.

Era selva no meu canteiro de lírios.
Uma selva de Mary Jane.

By: Vinicius Osterer
Feito em 03 de Outubro de 2016.

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