O Artista

Eu não me vejo como um louco, eu me vejo como um artista,
Um ser humano sonhador que aprendeu a ser idealista.
E não me vejo como um coadjuvante eu sou o protagonista,
Sou o criador de uma ideia pessoal e egoísta.
Aprendi cedo brincando no meu egoísmo,
Como ser uma criança diferente e especial,
Apreciava as minhas tardes regadas de heroísmo,
Com uma dose de imaginação como prato principal.
Eu não estou querendo chamar a atenção,
Quando pinto o meu cabelo ou o meu rosto,
Quando me tranco no meu mundo em depressão,
Ou me transformo em um ser humano quase morto.
Eu não sou nada mais do que a cor que habita a minha alma,
Aquela que pinta um quadro geral da minha imagem.
E eu sou todas as formas arquitetônicas que manifestei,
Ou os tantos alteregos em que me transformei.
Sou um pedaço dessa pequena odisseia que eu criei,
Que dentro de meu egoísmo eu fiz e multipliquei.
Mas eu não sou estranho sou só um artista,
Sou a felicidade da concepção de uma arte nunca vista,
Mas não sou único e muito menos original,
Eu sou mais um vilão, um infrator e um marginal.
A pior doença que me mata é esta porcaria que eu faço,
Este pequeno mundo que não conheço e despedaço,
Quebrando regras e assumindo riscos que podem ser originais,
Mas que já não me satisfazem e não me trazem mais paz.
Estou rompendo a barreira que a arte em mim cria,
Estou me mostrando sem absurdo ou magia,
Sem criar um nome para o que eu sou,
Ou sem tirar o foco para o que eu não quero mostrar,
Isso parece magnífico e até me motivou,
Ao desejo de me conhecer, me descobrir e me amar.
O meu coração é sincero quando cria uma história,
E ele se incendeia pela sinceridade que eu guardo na memória,
Eu quero mostrar um lado que você nem mesmo imagine.
Eu sou aquela criança que montava peças de madeiras,
Montando palavras e criando os meus paradigmas,
Um homem que cansou de tantas besteiras,
Que insistia em escrever usando enigmas.
Se hoje eu sou mais aberto sobre o que eu sou ou o que faço,
É por que passei pelas descobertas que não ousamos descobrir,
Embarcar dentro de nossos peitos escancarados e abertos,
E vivenciar o que se tem para chorar, libertar ou sorrir.
Estou em um empate criativo,
Será que eu faço ou me contradigo?
A concepção me deixou vulnerável e então eu digo:
“Não existe nada mais libertador do que se aceitar”,
“Se de um jeito estranho ou pela forma de amar”,
“Eu sou o mistério daquilo que eu crio”,
“nunca sei se eu choro ou se eu apenas sorrio”,
Muito em breve isso tudo pode esgotar,
Por que a concepção de um artista é momentânea,
Se não se adaptar as tendências modernas,
Não poderá nem ser o que é: uma obra contemporânea.

By: Vinicius Osterer
Feito em 21 de Setembro de 2015.

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