Que Deus Escuse Meus Pecados

Feito em 16 de setembro de 2011...


Posso me desculpar Deus?
Fui um mau garoto. Um mau garoto mesmo.
Não me arrependo, por que sou mau.
Pode me perdoar Deus?
Fui um mau garoto. Um mau garoto mesmo.
Não me arrependo, mas tenho essa cara de pau.
Pode livrar de mim esse peso Deus?
Eu não sou apenas um revoltadinho?
A síntese de meu arrependimento,
Isso, eu falo com Deus.
Pessoas passam por mim de joelhos chorando,
Pessoas passam por mim me olhando,
O que foi não posso me dirigir assim todo de preto?
Qual o problema com meu amuleto?
Olhe para seu sapato que antes de eu nascer,
Já havia sido fabricado, como Deus.
Eu posso subir essa sexta-feira sozinho?
Apenas eu e Deus, sorrindo sem me rastejar.
Apenas eu e Deus, sorrindo sem chorar.
Quantos milagres são feitos pelo silêncio.
Quantos milagres são feitos por sorrisos.
O que você tanto olha? Não posso subir assim?
O calvário é para todos. Por que não posso?
Não quer me crucificar por ser assim diferente?
Não me olhe, não me toque e não me despreze.
Se você nasceu é para ser visto.
Se você está vivo é para respirar.
Escuse Deus meus pecados. Vou voltar a rezar.
Se permanecesse na minha casa, no conforto do meu lar,
Rezaria com mais motivação.
Lá poderia ficar nu e rezar, sem ver ou ouvir opinião.
A opinião que salta dos olhos de terror das pessoas,
A opinião que me devora com olhos assustados,
E tantos comentários pelas costas.
Eu sou mesmo um revoltadinho. Um revoltadinho.
É que sabe sempre reagi muito mau a tudo.
Pelo menos não virei uma vítima.
Uma vítima do mundo. Uma vítima infeliz.
Desculpe Deus, essa é minha maneira de rezar.
Como escrever sobre pessoas, sem falar sobre a fé.
Homem que é homem, nunca será ateu.
Por que acreditará em si mesmo. E isso já é algo.
Os absurdos divinos dessa sexta-feira,
Que de santa é só o nome. Quem a respeita?
Se não podemos comer carne, e devoramos o outro com o olhar.
Se não podemos fazer barulho, e o silêncio de alguém assusta.
Quem salva a si mesmo sempre esteve certo.
Quem reza por si mesmo sempre esteve certo.
Os outros? Na primeira chance te crucificam pelas costas.
Desculpa senhor, não tenho a glória de um santo,
Desculpa senhor, não falo bonito como um padre,
Desculpa senhor se meus pecados são tão grandes,
Desculpa senhor sou um revoltadinho e um covarde.
Sabe aquela noite em que bebemos além da conta?
Desculpe senhor, posso ter pecado.
Ignorância na fé tão santa de alguém que chora por seu Deus,
E te repara da cabeça aos pés, dizendo com o olhar: “O que é isso?”
Não rebaterei essas críticas tão antagônicas.
Não me estressarei com apenas alguns olhares,
Onde o medo já povoou centenas de faces.
Quem sabe não tão preparadas para tudo que aconteceu.
Um verde tão inveja e superação.
Afinal de tudo me perdoa Deus por ser assim tão revoltado.
Por não saber distinguir uma revolta de uma personalidade,
Tão marcada pela mesma dor, meu Deus.
Que Deus escuse meus pecados. E que não queime no olhar do inferno.

By: AyKe.AeRa.

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