Nada A Declarar

Feito em 21 de Setembro de 2011...
Quando penso em todo o ocorrido,
Mas isso quando realmente me ponho a pensar,
Não tem como eu não ficar comovido,
Ou como não começar a chorar.
Os destinos tão incertos nas curvas,
De tantas dores e tantas decepções,
Não sei acho que não posso me lembrar.
São tantos os caminhos, são tantos os fatos,
Não, não posso me lembrar.
No céu um cinza intenso,
Em meu coração tantas facadas,
Meu mundo pesa, mas eu o carrego,
Não acredito mais em conto de fadas.
Busquei as forças necessárias na semana,
Em que me propus a continuar a viver,
Mesmo com uma dor que nada sana,
Eu posso com tudo isso crescer.
Como se passa o tempo sem você,
Ainda hoje não acredito em sua morte,
Acho que se me fizer crer,
Fico vivo só por sorte.
Esquecer? Isso nunca poderei fazer.
Esquecer? Não e nunca. Obrigado mãe.
Quando eu caía em prantos,
Por não saber o por que me ignoravam,
Ou por que tanto falavam de mim e me humilhavam,
Apenas você me dizia que eu valia a pena,
Que eu era sim alguma coisa.
Era você que chorava por mim e comigo.
Tudo que sempre fiz era para você ter orgulho,
Você sempre me disse que eu teria um futuro.
O único cargo que nunca será ocupado,
É o seu mãe e rainha. Rainha-Mãe.
Você não merecia seu filho, você era muito melhor que ele.
Como pode acabar tudo assim?
Tive meus motivos para me revoltar,
Mas não me revoltei, por que somente eu sei,
O que nós tanto conversávamos.
E durante uma semana, o seu silêncio naquela cama,
Sem poder dizer que me ama,
Você vai para um lugar melhor.
Mas ainda habita em minha vida.
Por que te trataram assim como um bicho?
Por que fizeram você sofrer?
Eu não posso suportar essa desgraça,
Em certos momentos tenho vontade de morrer.
Ainda quando trabalhava e lhe via chegar,
Com a mesma alegria de quando saía,
Eu sabia, para sempre iria te amar.
Quem viu você naquele caixão chorando,
Como na mais profunda depressão,
E lhe entrega aquela rosa,
Com todo o amor do seu coração,
Jura fazer valer a pena todo o esforço,
Que fez para me criar.
Somente eu sei o que me ocorreu,
Ou como aconteceu aquele encontro,
Entre tudo que era e o que pensava em ser,
De tudo bom que era e do que estava prestes a acontecer.
Naquele cemitério maldito,
Onde se enterra uma rainha,
E onde não se ouvem gritos,
Mas choros e tristeza, uma rainha.
Cinza céu. Família assustada. O que pode me acontecer?
Preciso pensar. Bem vindo a minha vida!
Faça de mim sua morada, Ayke Aera.

By: AyKe.AeRa.

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