As Olheiras de Uma Noite de Poder

Feito em 14 de setembro de 2011...
Quando se volta tudo é não visto.
Ou visto em triplo e dobro.
Afinal nós somos poderosos,
Ou apenas fingimos ser.
A bebida nos dá poder!
A bebida nos dá poder!
Tudo vale à pena, e se não vale fazemos valer.
As olheiras são das noites,
Das noites de poder.
Uma dose a mais para a alegria contagiar,
E cair no chão já tonto isso é festejar!
No outro dia pode ser que haja uma resseca,
Ou você apenas se arrependa de algo não feito,
Ou feito até de mais.
Acordamos fracos para onde foi nosso poder?
Cansado da indiferença popular?
Cansado das mesmas risadas de canto?
O mundo é tão belo! Vamos beber!
A bebida nos faz esquecer os problemas,
Ou revive outros ainda não superados.
A bebida nos trás aquelas olheiras,
Dos momentos já esquecidos do passado.
Vomitar em tanta gente,
As palavras que tanto guardamos,
E fingir que foi sem querer, que bebemos e não pensamos.
Quando se bebe vem a alegria.
Os problemas se vão para o nada.
Quando se passa a tonteira, você se lembra e desaba,
O que fiz para ninguém me ver?
Para ninguém me querer?
Para ninguém simplesmente chegar e me dizer,
Que não sou tudo aquilo que sempre achei ser.
Por isso bebo quero o poder, de ser quem eu quero,
De ser quem você quer ser.
De ser aquele estranho,
Que dança estranho, que fala estranho, que age estranho,
Que te escuta e sabe que pode lhe ajudar.
Se te levanta cai no chão. Não ele não pode finge então não se importar.
Suas olheiras no outro dia te assustam no espelho,
E você vai bem ligeiro, não precisam saber que você bebeu.
Você cresceu mais ainda esconde. O porquê de sua vergonha?
Bom, seus poderes você perdeu.
Quem te seduz agora é a água e não mais o álcool.
Quem te ajuda agora é a água e não mais o álcool.
Sobre tudo aquilo que sempre lhe disseram,
Você esfrega na cara dos outros com gosto.
Você vê suas olheiras bem gordas, e tantas marcas no pescoço.
Quem lhe disse que não era capaz? Vamos quem lhe disse?
O poder é tão grandioso. Você bebe e se esquece,
Que o mundo lá fora não bebeu.
Você bebe e se esquece, por tantas esquinas já se perdeu.
Mas qual é o caminho?
Se pudesse voar com aquele poder.
Mas não pode só se esquece, para depois de tudo lembrar.
De todos os problemas, de todas as brigas,
Fingindo para algumas coisas nunca mais recordar.
Quem sabe em juízo perfeito, guarda tudo para si.
Mas em questão de dez minutos bêbado, começa a falar,
Começa a pensar e começa a agir.
Posso lhe contar sobre tudo, mas me lembro desse tudo?
Posso lhe dizer que estive bêbado, mas você quer acreditar?
Que tarde mais cheia de tédio, o porre nem é forte.
Que mundo vazio de palavras, quero o poder.
Vou beber. Vou sair. Vou crescer.
Quero sempre as mesmas olheiras, as mesmas loucuras, e bebidas de poder.
Vou dormir. Preciso da paz, me lembro de tudo agora. Fiz loucura!

By: AyKe.AeRa.

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