Fechando A Porta

Feito em 07 de Setembro de 2011...
Comecei algo hoje que já deveria ter começado,
Pelo meu almoço provei tudo,
Como se fosse minha ultima refeição.
Eu sei que posso estar errado, ou não.
Mas sinto isso neste momento.
Quem sabe esteja na hora de fechar algumas portas.
E quem sabe não abrir mais nenhuma.
Não sei mais como vai ser,
Ou quando vai ser. Aprendi que com o tempo não se brinca.
Hoje pensando no meu passado eu me lembro,
Daqueles momentos felizes quando criança,
Em que por pior que eu fosse,
Eu sempre queria era chamar atenção. Nada mais que isso.
Quando brincava de correr pela rua,
Ou ficava sozinho na minha casa no meu mundo só meu.
Lembro-me das tantas histórias engraçadas do colégio,
Lembro-me das brigas com todos, por que nunca consegui ser assim,
Tão normal para me encaixar em tudo.
Acho que tanta anormalidade me deixa assim, meio doente.
Por mais que quisesse sumir na adolescência,
Mais queria provar que não precisava seguir ninguém,
Que nasci sozinho nesse mundo,
E que as opiniões não me derrubavam.
Mas muito pelo contrario. Lembro-me daqueles dias que não agüentava,
Que sucumbia de tanta fúria e chorava,
Por que não podia ser assim tão normal?
Não sei o que acontecia comigo.
E chegam tantos momentos,
Que não sabemos mais o que pode ser certo.
Hoje vi realmente o que pode me acontecer.
Não sei mais o que dizer. Acho que vivi bastante e diferente.
Não sei como, mas foi diferente.
Pensei quem sabe grande demais.
Ou não me desliguei das pessoas, e sofri.
Mas minha vida não foi só sofrimento.
Por que sempre sorri. Apesar de tantas tragédias eu sorri.
Não me arrependo de quase nada que não fiz.
Como é difícil se lembrar de coisas.
Das tantas voltas pra casa, já bêbedo.
Não sei. Eu acho que pelo pouco tempo,
Eu vivi. Sim eu vivi. E não quero fechar essa porta.
Quando um ano começa mal, ele acaba pior.
E nesse ano começa a minha sentença de morte.
E é nele que aprendo a ser diferente ser ter vergonha,
Ou receio do que vão dizer.
Quando morrer simplesmente não vou mais poder fazer nada.
Eu não precisava disso. Mas me foi dado.
Não posso negar que gosto de ser assim diferente.
Mas vejo que podia fazer mais. Mas não posso.
Meu mais pode ser que nunca exista.
Mas foi necessário esse fechamento de portas.
E é necessário hoje para mim.
Vou continuar a sentir o sabor da minha comida,
E matar minha cede com água gelada,
A respirar e a sentir o aroma daquelas rosas brancas,
Que tanto me emprestaram seu cheiro em tantas primaveras.
Quero rir de tudo. Não preciso chorar como um adoidado.
Só sei que quando se sabe que logo é seu fim,
Você nem pensa mais no tempo,
Ou se é dia ou se é noite,
Tudo é hora e tudo é momento,
De fazer aquilo que tanto sonhamos quando criança,
Ou que tanto desejamos alcançar.
Se não puder acabar meus planos em vida,
Tenho certeza que alguém um dia vai achar e acabar.
Fecho essa porta. Não falo mais nesse assunto. Quero viver.

By: AyKe.AeRa.

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