Outro Alguém

Feito em 18 de Dezembro de 2012...

Pare de ler agora mesmo.
Eu minto pro meu texto ficar mais popular esse é meu vício.
Se disser que inventei a Broadway e a televisão,
Que inventei o sol e o avião,
Você vai acreditar?
Já estou cansado de tentar explicar o que não se explica.
Cansado de não acreditarem em minhas convicções,
Nas minhas verdadeiras frustrações,
Não nesses apelos de massacultura que eu faço.
Aqui eu invento, desvendo e me lanço pro espaço.
Eu não sou esse lugar. Isso tudo não sou eu.
Esses nomes não são meus, não agem como eu,
Não pensam como eu e não falam como eu.
Mas já cansei de tentar mostrar quem sou eu de verdade.
Aquele sem atitude nenhuma, um homem covarde.
Fraco nunca, por que acredito na superioridade,
De todos os fatos que a vida já me deu.
Você me quer às vezes querendo outro,
Um que você leu, nos tantos textos que já fiz.
E depois de ler tudo isso vai me ligar,
E falar: “Mas eu vi por que ali diz...”
Eu nunca quis alguém para ser perfeito.
Eu quis um alguém que me ajudasse a carregar o peso,
Eu não me importo se existem defeitos,
Não quero ninguém que me faça preso.
Depois dessa ultima frase você pensou:
“Ele vai terminar comigo!”
Tenho certa culpa desse fato. Já tantas vezes.
Mas não disse, que dessa vez me propus a dar certo.
Pena que você ainda me julgue como o satânico esperto.
Julga mal as minhas palavras. Julga-me apto a ser evoluído.
Quem me dera descobrir metade do que eu sou nesse período.
Eu sou mais do que uma cabeça colorida e cabelos ressecados.
Posso ser mais do que frases animadoras e sorrisos controlados.
Posso ser menos do que tudo aquilo que você pensou de inicio.
Muito menos de tudo que finjo ser o meu oficio.
Eu sou muito menos e você não sabe disso.
Não acredita quando digo uma verdade, esse é meu sacrifício,
Quem é que gosta de expor suas fraquezas para alguém?
Quem é que lê sobre fracassos pessoais?
Quem é que lê sobre vontades reprimidas?
Sempre foi melhor dizer eu fiz isso, eu sou isso, faço aquilo.
Eu consegui isso, eu quero isso, já tenho daquilo.
Ninguém pode saber o que é verdade. Ninguém o pode desmenti-lo.
Ninguém mais tem o direito de fuçar em sua vida ou reduzi-lo.
Antes eu desabafava, mas apenas no primeiro mês de Maio.
Depois inventei o que queria. De sorriso a desmaio.
Eu já escrevi tanta coisa. Já li tanta coisa e não fiz nada.
Matei a minha curiosidade sobre coisas, até então nunca faladas.
E mesmo com textos desse tipo ainda vou ter que ouvir:
“Mas eu vi quando você disse aquilo. Essa é a parada!”
Mas e agora, o que esperar de mim?
Vá saber, quem sabe nem seja mesmo o fim.
Quem sabe não deva nunca mais voltar.
Por que falar tanta coisa sem sentido?
Por que tentar aparecer para se realizar?
Por que continuar com o meu gosto sofrido?
Por que ainda finjo que sou esse lugar?
Esse lugar nunca foi meu. Nunca ousei entrar.
Isso tudo nunca fui eu. Não posso mais continuar.
A minha vontade sempre é maior. Eu devo aparecer para iniciar,
Alguma coisa ano que vem, em outra era, com outro olhar.
Eu não sou esse lugar. Isso tudo não sou eu.
Pense no que eu escrevo como outro alguém que escreveu.
Não tente me entender, eu não nasci com tradução.
“Sim fui eu, que inventei a Broadway e a televisão”.

By: Vinicius André

2 dias para o fim do mundo...

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