Louco?

Feito em 14 de Dezembro de 2012...
Posso dizer que estou em guerra comigo mesmo,
E que nunca sei qual dos meus irá vencer.
Quantas vezes já me feri eu não esmo,
Não posso mais fingir que posso sobreviver.
Hoje estão todos calados dormindo,
Amanhã batalhando dentro de mim e me exaurindo,
Por que é isso que se faz dentro de um campo de batalha,
Se luta, se mata, se destrói e se metralha.
Não posso querer a vitória, isso faz parte de mim,
E não digo que é hoje, isso padecerá até o fim,
Eles sempre tentam tomar o poder que nunca foi deles,
Tudo sempre é guerra para todos eles,
O que eu faço? Espero que se exterminem aos poucos.
Não posso entrar nessa guerra de loucos.
Quantos já se foram e quantos outros tentam entender,
Que existe um apocalipse interno, pronto para entreter,
Os loucos que acreditam em batalhas apenas sonhadas,
E em palavras que são sempre tão manipuladas,
De tantos outros que escrevem e tentam aprender.
Louco? Quem é o louco nessa situação?
Quem não intervém em uma guerra de egos sem noção?
Quem vive a vida narrada pelos meios de comunicação?
Quem acredita em teorias e crê piamente em conspiração?
Quem é o louco? É a rainha de copas de Alice?
É aquele louco da psiquiatria ou louco de sandices?
É aquele que se vende e consegue aquilo que sonha?
É o tímido que nunca fala por gostar de ter vergonha?
É a feiticeira com sua magia e sua cristal bola?
Por que não posso chamar cristal bola?
Por que eu ainda tenho que viver essa história?
Minhas azias são eles ateando fogo na guerra.
Minha inflamação são eles agindo na guerra.
Minha dor é a dor que se sente em uma guerra.
Minha ira é a ira por destruir o inimigo.
Eu sou amigo, sou a vitória, sou o perigo.
E se falo eu não lembro, e sempre me contradigo,
E se me achar um tanto louco, e daí eu não ligo.
Louco? Quem é o louco nessa situação?
É sua falta de maturidade ou sua falta de educação,
O que é uma loucura maior dessa total multidão,
Solitárias almas pensando em solitários anéis,
Que pisam nas chamas do inferno por seus papéis,
Que aparecem gravuras e símbolos numéricos ditos dinheiro,
Quanto mais ricos mais famosos e desordeiros,
Essa é a graça de se viver na Terra.
Eu não brinco com a vida, ela já me provou que é maior,
Me tirou o meu bem superior e tudo que existia de melhor,
E nem por isso eu tentei me fazer inferior ou pior,
Nem se quer ousei em tirar minha vida por aqueles motivos.
Não posso querer que um ganhe, são todos meus amigos,
O meu mundo é doce, com árvores secas e unicórnios coloridos.
Não posso mudar um tempo que neva no verão,
Quem sabe eu ponha mais medo nessa população,
Um pouco de chacoalho aqui e outros lá,
E se fizer que acreditem todos irão me amar.
Meu cabelo tem que mesmo ser pintado?
Eu posso acreditar e conseguir ser alguém realizado?
Por que não deixar que meus filhos briguem,
Eu gosto do que me fazem, adoro quando eles fingem,
Quando me dopam ou me dominam,
Quando me transformam e cantam para mim hinos.
Eles me amam, eles me completam e me animam.
Louco? Quem é o louco nessa situação?
Para mim louco é quem mente que gosta,
Quem mente que ama e quem mente que a vida é maravilhosa,
Sorrindo com os dentes cheios do que comeu. Um punhado de bosta.

By: Vinicius Osterer.
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