Confissão Pré-Histórica

Feito em 21 de Novembro de 2012...

Lá vem mais um começo pré-histórico,
Das minhas histórias banais e bizarras,
E mais uma alma vagabunda que anda de branco pela rua,
Na espera de seu milagre pessoal e indispensável,
A cura para o desejo mais profano e irremediável.
Seus paços o levam para o abismo,
O abismo da evolução da arte nessa era pré-histórica,
Na arte do mundo e da cultura folclórica,
O popular do brasileiro evoluído pela arte pictórica,
Tudo mais para simbólica, mais para simbólica.
A sorte do desajeitado sem solução,
Um imperioso e monumental prédio,
A escala para a cura do próprio tédio,
E as escadas que levam para um patamar mais alto na evolução,
Na crença por um ponto de criação,
Uma eternidade branca da alma sem a vocação.
Nas festas, nos bares, bebendo uma vodca,
Fingindo que com a situação, ele não se importa,
Seguindo em uma linha ainda que torta,
Mas sentindo a necessidade de ver além dos horizontes,
Encoberto pelo horizonte vertical e cinza que o cerca.
Subindo degraus do prédio, subindo degraus do camarote,
No imperioso que o destrona, na festa que o engrandece,
Ele não desce, apenas sobe, não desce, é sua sorte, um corte,
Ele sobe, apenas sobe e não desce.
Lá de cima ele vê o horizonte e a multidão que dança no escuro,
De olhos fechados, movidos pela música da imensidão,
Movidos por álcool, por veículos, isso é a evolução!
A arte na era pré-histórica! A vida na era simbólica!
A graça da igreja mórbida e católica!
A festa na era de aquário sem lógica!
Para que ter lógica? O mundo gira sem lógica ou opinião,
Sem nenhuma porcaria, sem nenhuma solução,
Abrindo a minha mente e o meu coração,
Eu vejo tudo mais acima dessa escuridão.
E me jogo nesse jogo e nesse abismo.
E me faço crente de todo o perigo.
E sinto a queda e o chão que é duro,
Eu me jogo no jogo e sou o mundo.
Eu canto em um piano em chamas,
Eu canto e faço os meus dramas,
Eu destruo com tudo que tiver no meu caminho,
Eu acabo com tudo que me deixa para baixo e sozinho,
Eu sou a luz do meu caminho, eu sou a luz do meu caminho,
Eu me drogo, eu bebo, eu fico feliz e nem percebo,
Por que me cortei no meio do caminho,
E deixei de fechar os olhos, não estou sozinho,
Eu não sou pré-histórico, sou pré-fabricado,
Eu sou desse mundo incompleto e indesejado.
Sou aquele seu sonho impossível e exterminado.
Meu piano sinistro de música e animais,
De coadjuvantes, de atores e finais,
Eu quero a noite, eu sou um animal,
Eu quero o meu projeto conceitual, eu sou o mau,
Eu sou o ponto final, eu sou o mau, eu sou o meu mau.
Passei pela indecisão folclórica,
Da era industrializada das pessoas pré-históricas,
Arrancava o meu cabelo, eu ruía as minhas unhas,
Pintava o meu veneno, deixava estampada a minha caverna,
Arrancava o meu cabelo, eu ruía as minhas unhas,
Hoje tocam a música da minha vida e sou uma alma fraterna,
A fera em mim rugiu pedindo para que eu pulasse,
O abismo era baixo, sobrevivi à queda,
Se a era é pré-histórica não me diga mais merda,
Queimo tudo ao meu redor por que estou certo,
Quanto mais se anda mais se é incorreto.

By: Ayke.HeineDef e Lord Swaan.

20 dias para para o fim do mundo....

Comentários

Postagens mais visitadas