O Santo Graal

Feito em 29 de Novembro de 2012...
 

Preciso encher o meu Graal com vodca,
E ver se vão vim atrás de mim para me crucificar,
Eu pouco ou nada me importo com a fama,
Eu quero mesmo é mostrar o que eu tenho que mostrar.
Eu sou pejorativo e faço de tudo para esconder,
A minha face maluca que tento ocultar,
O medo que quase sempre me faz morrer,
Ou que me faz parar de lutar.
Eu dei um tempo para a minha cabeça,
Lendas do Graal eu quero forjar,
Só nunca me peça para que eu esqueça,
Os autores da minha obra acabaram de chegar.
Eu sou o filho de um mundo.
Eu sou o filho de um pai sem razão,
Aos doze anos eu já padecia,
Da total falta de compaixão.
Encheram de urina o cálice sagrado,
Que o padre transforma em sangue lá no altar,
Desculpe-me, eu falei um pecado,
Nada importa se o meu mundo acabar.
De noite a mão trai a mim mesmo e a Deus,
De dia a mão tira e faz passar fome,
Quando eu digo olhai para os filhos teus,
O Santo Graal eterno me invade e me consome.
O receptáculo de um mágico transformado em cristão,
Um grande espetáculo sem nenhuma direção,
Cuidado com as tochas, hoje é uma sexta feira,
Os monges de negro esperam matar mais um na fogueira.
O mundo vive um ritual, esperando a vinda da libertação,
Se olhar para o horizonte verá um ponto de interrogação.
Mas sobre o que eu falo? Qual é o sentido de dificultar?
Quando for o momento propício, serei o primeiro a contar.
Eu sou melhor no meu tempo,
Eu faço e desfaço enquanto tenho direito,
Eu crio e recrio não tenho problema,
A criação me inspira, eu que sou o meu tema,
Eu quero o meu cálice cheio de vodca com gelo.
Eu quero um pedaço do pão da última ceia.
Eu quero o sangue das minhas veias.
Eu quero a redenção de todos os meus pecados.
Eu quero a extinção de todos os meus medos.
Eu quero a resolução de todos os meus dilemas,
Eu quero fazer com ousadia,
O que nunca ninguém fez bem feito,
Eu faço perfeito, eu amo o perfeito,
Eu quero o gosto doce do defeito.
O Santo Graal me invade e me consome,
Me faz grunhir, me faz passar fome.
Eu sempre fui suficientemente homem,
Encarei os problemas sem nunca questionar o universo.
Eu sempre rimei em quase todos os meus versos.
Eu sou o concreto da lápide do salvador angustiado.
Eu já fui uma larva, em um casulo trancafiado.
Eu sou o filho de um pai sem razão,
Aos doze anos eu já padecia,
Da total incompreensão.
É força do hábito fazer você acreditar,
Nas tantas mentiras que sempre me propus a contar.
Nas tantas misérias das frases desejadas,
Dos desejos mais secretos, das palavras acabadas.
Descendo da montanha o filho da cruz,
Redentor do mundo linhagem sagrada, é Jesus,
Soberbo do caldeirão que traz obra à vida,
Jamais acredite na esperança perdida.
Abra o seu coração, mas não feche os seus olhos,
Disfarce o que pensa, mas não se faça pensar.

By: Lord Swaan.
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