A Morte De Um Cisne

Feito em 17 de julho de 2011...

Dirapapãm, ele é um cisne,

Dirapapãm, ele nada em seu lago,

Dirapapãm voa cisne,

Dirapapãm abre as asas nesse lago.

Eles nos levam belo cisne.

Eles nos levam...

Nada além de um perdido cisne,

Que bamboleia por entre uma ficção de perfeição.

Que vaga por entre o caminho.

Ou apenas finge vagar.

Mas quem é suficientemente cisne para poder encarar o fato?

O exemplo já é acabado. Os outros nos levam.

Apenas nos levam sem pedir ou nos usar.

E qual é o fim? Diga-me.

Qual pode ser o fim, afinal de contas?

A perfeição e a glória.

Eu finjo que finjo, sem fingir ou saber.

Eu finjo sabendo, fazendo sem saber.

Sabendo eu faço, por que sei e vou fazer.

Não sabendo eu faço, por que você finge entender.

Afinal, você lê o conceito de um cisne?

Uma breve loucura que nos alucina,

Que nos deixa perfeccional e nos fascina.

Como saber sem saber?

Como tentar sem dizer eu vou?

Os outros nos levam. Eles nos levam.

Como deixar você ir?

Diga-me como deixar?

É o fim da sua vingança,

Seu cisne ingrato.

Negra penugem de negro ser.

Seu cisne ingrato.

Enfim eu posso lhe matar, enfim eu posso lhe matar.

Morra por entre esses lagos de sangue,

Alucinógeno cisne. Eles nos levam.

Dirapapãm. Eles nos levam.

O cisne procura sua morte?

O cisne é realmente um raro cisne?

Não seria apenas mais um pato?

Um pato entre tantos cisnes?

Quem acende sua vela do final?

Quem apaga sua chama belo cisne?

Vague meu cisne penoso,

Vague meu cisne do vale doloroso.

Aguente sua loucura por mais alguns breves anos.

Aguente se não eles nos levam.

São quase oito. É quase seu fim.

Essa é sua última chance cisne nobre.

Abra suas asas não seja ingrato, cisne esnobe.

Desapareça com seu negro mistério,

Para um vasto e além do divino eterno.

Seu lago é sangue, seu lago é seu lago.

Nade meu belo cisne. Nade ou eles nos levam.

Ave-Cisne, Bravas penas negras.

O que se vê ali nos arbustos?

Voe nobre cisne, sua carne é nobre.

Cisne furioso. Você já pensou em morrer?

Cisne louco, o seu lago é vigiado.

Depois não diga cisne esnobe,

Que não foi bem avisado.

Olhe a arma. Já foi tarde.

Olhe o sangue. Seu lago é sangue.

Belo cisne morto,

Belo cisne despenado. Dirapapãm.

Abra suas asas perante o mundo, belo cisne.

Abra suas asas diante de mim, cisne esnobe. Dirapapãm.

By: AyKe.AeRa.