A Graciosa Lua Do México

Feito em 23 de Agosto de 2011...
Pelas tequilas de uma Santa Guadalupe,
Ou pelas plácidas ondas de um mar de Cancún,
Como é bela a lua, mas bela que a do sul.
A viver neste clima especial da noite,
Mágica do México, mágico da magia.
A lua faz graça, a morte é certa.
A lua faz graça, a praia deserta.
Quantas doses de tequila tomei?
Já nem me lembro.
Caio na areia perdido em outro mundo.
Com um sorriso estampado na minha face.
Não sei se posso me levantar,
E continuar a caminhada de Guadalupe.
A lua me guia por entre a areia,
O mar me sufoca com alegria,
Esse é o ritmo quente do México,
A tequila enfim surte efeito.
A música, a dança, a areia, a lua.
As pessoas nas praias correndo já nuas.
Todas estão bêbadas. Todas estão em outro mundo.
Três caem atrás de mim desmaiadas na areia.
Duas morrem ao distante mar da alegria.
Uma continua a seguir a procissão de Guadalupe.
E eu continuo a cantar e dançar para a graciosa lua.
Eu faço graça, sou da desgraça, quero tequila.
Eu falo engraçado, sou engraçado e tomo tequila.
Não paro em pé. Sou feliz e mexicano.
E minha morte enfim antecipo em um ano.
Quero tequila! Quero tequila!
A lua me olha. Ela sorri.
E sentado na areia, cansado de tanto cair.
Você me ama aí em cima Guadalupe?
Você me ama aí em cima lua?
Eu grito sim, mesmo entre mortos.
Eu bebo sim, mesmo entre mortos.
Para onde foi a procissão?
Um gole ao México. Um gole a lua!
Arriba! Abajo! Adentro! Al cientro!
Eu danço na areia para minha alegria.
Eu caio na areia para minha alegria.
Eu vomito na areia para minha alegria.
Eu grito na areia para minha alegria.
Eu canto, eu olho, eu rio, eu choro.
Eu sinto a areia para minha desgraça.
Eu vejo a lua para minha minha desgraça.
Eu não respiro o México para minha desgraça.
Eu morro no México, como de trapaça.
Caído na areia de Guadalupe,
Próximo ao mar da alegria,
Com a graciosa lua,
De mãe da noite e companhia.
A facécia da lua. Quase acaba a noite.
O silêncio é grande.
Sete corpos na areia.
Garrafas e mais garrafas.
Sete corpos nus na areia.
Desgraças e mais desgraças.
Acabou mais uma noite quente e mexicana.
Os cadáveres na areia se enchem de moscas.
Todos sorriem friamente na areia.
Suas almas seguem a procissão de Guadalupe.
E dançam interligados no mar alegria,
Com tantos dançarinos e possíveis viciados.
Sete frios cadáveres. Sete condenados.
Arriba ao México da tequila. Sete cadáveres frios na areia.
Arriba! Abajo! Adentro! Al cientro!

By: AyKe.AeRa.

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