Manchar a Pátria

Feito em 03, 05 e 06 de Agosto de 2011...

Quem olha para um céu,

Afim de jurar uma bandeira,

E não se comove com seu balanço ao vento.

Quem mesmo obrigado deve,

Se sujar por sua pátria,

Lutar por sua pátria,

Macular a sua pátria.

Os olhos revelam meu desgosto,

E meu sono de quase 24 horas sem dormir.

Não me preocupo! Deveria?

Eu me testo! Até onde posso chegar?

Sou meio louco, meio ou pouco, louco.

Sou assassino, atrasado, fé do meu lado.

Meus dedos doem. O frio me congela.

Mais macarrão, com muito molho, em uma panela.

Esse não pode ser meu fim! Pode?
Eu me vou. Eu me arrumo. Passo frio.

Noite gelada, dia gelado, mais que arrepio.

Falei sim de arrepio na espinha.

Isso tudo é medo?
Minha pátria me persegue. Onde está o perigo?
Meus dedos doem. Eu me congelo?

 Chegou o dia. Jurar a bandeira do inferno.

Não, eu não quero. Não, eu não posso.

Chegou minha vez. Então me vou.

Quer saber no que resultou?

Ou quantas horas isso durou?

Resultou em nada. Durou o tempo exato.

Por que isso é uma obrigação?
Eu apenas não quero e pronto.

Mas agora eu sei o que pode acontecer,

Fazer uma jura falsa e parar de escrever.

Eu não quero. O frio é intenso.

Não há solução. Eu me vou.

Uma criança louca? Ela não dança. Não sorri.

Seu sangue esfria. Ele não pode esconder seu medo.

Ele treme de frio? Ele treme de medo?
Uma mancha entre muitos. Uma simples mancha?
Mas o que eu posso fazer?
Fui dispensado. Nono em cadeira. Número 83.

Já me esqueci? Sim, nem me lembro.

 A fé na bandeira, na qual nasci.

A fé e desgraça, com a qual nasci.

Não. Nem me lembro.

Consegui meu papel. Fim e pronto.

O pesadelo acabou. Para onde foi o frio?
Enfim isso tudo acabou.

Se me obrigassem seria duas escolhas,

Ser escolhido e escolher a morte,

Desejar a morte, saborear meu sangue.

Oh, mais que triste ironia.

Jurei a uma bandeira, a morrer pelo meu país.

Jurei a mim mesmo não temer e ser feliz.

Nem por isso hoje não tenho medo,

Ou sou feliz 24 horas.

Quem repete as palavras não usa da verdade.

A verdade sai de si e não de repetições.

Manchei minha pátria?

Manchei minha honra?
Que tudo se exploda.

Vida das escolhas:

Se fosse escolhido me mataria,

Para alegria de Satã, e sua alegria,

Meu sangue de mim jorraria,

Os anjos do inferno fariam uma gritaria,

Enfim alguém traiu sua pátria.

By: AyKe.AeRa.