Festa de Amor e Adeus
I.
Você me fez tomar a vida,
Talvez agora é a despedida,
Não se pode amar apenas um sonho.
Quando a primeira estrela nascer,
E eu estiver olhando o céu escurecer,
Eu lhe entrego para o meu dia morto.
No horizonte eu vejo o semblante de
uma mulher,
É a mãe Terra me mostrando o que ela
quer,
No céu, na vida, em tudo lá de fora.
Você não é meu, então deixo só ir,
Coloco minha melhor roupa para sair,
Por que você me fez viver e foi
embora.
Eu ainda espero por um momento mágico,
Que seja bem leve com toque
dramático,
Entre a minha mão deixando a sua.
Eu não lhe desejo o mal de nenhuma
maneira,
Lhe quero bem, sem uma forma
grosseira,
Você me faz admirar a lua.
Eu não vou chorar por você no
banheiro,
Vou sorrir e me colocar em primeiro,
Eu sou um homem maduro e honesto.
Na madrugada eu farei poesias
completas,
Com as estrelas e as galáxias
descobertas,
E não viverei em clima funesto.
Também engrandecerei o desconhecido,
O sentimento que não foi perdido,
O adeus para nunca mais...
Deitado na cama eu espero dormir,
Sem lágrimas para poder me distrair,
Em um sonho confortante que me traga
paz.
II.
Na festa do amor você não é culpado,
Eu que lhe dei tanto amor sem ser
amado,
Mas você me preencheu de um
sentimento bom.
No meio da mata eu sei que é
estranho,
Mas eu agradeço por este ganho,
Aumentando o volume do rádio e do
som.
As cores, os tons e todos os
segredos,
Você foi maior do que todos os meus
medos,
Eu lhe vi passar nos olhos das aves.
Nos fins da tarde que me senti amando,
Seus olhos que acabavam se
transformando,
Em um tom vibrante de notas graves.
Deixa em mim um coração leve de
coelho,
Brilha como você brilha no meu
espelho,
Eu quero um pouco da sua antiga
magia.
Uma porção de ervas para curar a
minha dor,
E fazer chover quando de tarde fizer
calor,
Um feitiço que não entrará na minha
biografia.
A grande sacerdotisa abre o caminho
para mim,
Essa é a festa do adeus, e de um amor
no fim,
Eu estou transpirando água de uma
fonte distante.
Escudos não podem proteger a minha
carcaça,
Você não é um matador ou uma ameaça,
Você é um ferimento que pulsa
constante.
Coberto com anjos e estrelas
douradas,
Com os olhos ardentes e as mãos
molhadas,
Você derrama lágrimas sobre meu corpo
frio.
Agora é tarde, você acabou sumindo,
Deus sabe como eu estou me sentindo,
Em um fim de festa, acabado e vazio.
III.
Não há mais morte e nem SOFRIDÃO,
Não há sofrimento e nem solidão,
Você é um concreto auto adensado.
Vem armado com a sua grosseria,
Um homem apático e com anemia,
Com um pensamento que configura o
pecado.
Não beijei seu lábios AVERMOLHADO,
Uma mistura de vermelho e de molhado,
Eu queria a sua alma e não seu corpo.
Fiquei com o cabelo descolorido sem
motivo,
Aprendi a amar e ser mais emotivo,
E não um homem com razão e torto.
Deixa eu lhe pegar nos braços e lhe
CUIDAÇAR,
Uma mistura de muito cuidado com
abraçar,
Você abrilhantou o meu ano.
Fugir para um lugar distante e sem
volta,
Como um homem amante sem nenhuma
revolta,
Não ter um lar fixo como um cigano.
Vamos nos EMBEBERIR,
Beber e rir até cair,
Enquanto o Deus nos alimenta.
E celebrar com um copo a canção,
Da festa do adeus sem um refrão,
Com o amor que se reinventa.
Você é droga, é vida, é celebração,
É o escuro da noite do meu coração,
Deixa ficar assim neste momento.
Amar é bom e não exige compensação,
Deixa mais leve a vida e a oração,
Nesta festa de um adeus sem
arrependimento.
By: Vinicius Osterer
Feito em 08 de Outubro de 2016.
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