FAZARADO
Cansei do óbvio, me deixa na
escuridão,
Nas minhas noites vazias e
solitárias.
Eu não sou mais do que uma segunda
opção,
Dentro das suas perspectivas
imaginárias.
Eu preciso encher a minha cara,
Preciso de um maço de cigarros e
fumaça,
Na vida a gente aprende na mara,
Quando ela nos atropela e nos
despedaça.
Isso não é sobre um coração partido,
É sobre tudo que tem um sentido,
E isso é muito para alguém como eu,
Fazer sentido é uma palavra que já
morreu,
Eu não quero fazer é nada, será que
eu posso?
E esse choro que não sai, essa coisa
que não passa,
Essa vida tão regrada que até parece
uma desgraça?
E eu cansei de ter você no pensamento
antes de dormir,
De ter que acordar para te ver
sorrir,
Que porra é essa? Você não é o centro
do meu universo,
Muito menos a grandeza de um belo
verso,
Isso está acabando gradativamente
comigo.
E aquele beijo foi tão bom para ser
um sonho,
Quando eu penso que acabou isso volta
para o peito,
Com isso o que será que eu ganho?
Mas espera, o amor não é ganhar e nem
perder, é um sentimento.
E eu olho para dentro, mas está tudo
confuso,
Sob meu olhar triangular e meio
obtuso,
E não quero mais fazer sentido quero
profundidade,
Dentro da minha escuridão e olhos
verdes tão covardes.
Meu Deus eu sou tão pequeno, azarado,
sou poeira,
Me deixa viver desta forma tão
peculiar e grosseira,
Por que eu não quero mais morrer.
Não, não quero.
Isso não é magia, é o universo
conspirando,
O amor que quero lhe dar está
acabando,
Dentro deste poema sem métrica e sem
frescura,
Um beijo doce dentro da minha alma e
da sua,
Mas por que? Esse jeito é estranho,
Amor calado, amor amando, amar sem
ganho,
Sem troca, sem culpa, sem possessão,
Amar seus olhos mesmo na escuridão.
Fazer sentido é uma palavra que já
morreu,
Não foi a coisa que você me prometeu,
Foi aquele seu sorriso sincero.
By: Vinicius Osterer
Feito em 15 de setembro de 2016.
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