Horas Vazias

 

Tenho um tempo não mecânico que é só meu,

o das horas vazias...

Ninguém até hoje entende ou entendeu –

sobre tais aprazias...

Demorou tempo até eu mesmo entender...

Mas, é como se o tempo LÁ esvaziado

Fosse só meu e só entrasse LÁ

Com muita insistência e cuidado,

“Os Não Mecânicos”.

 

Não se faz hora como relógio,

Não se faz pressa ardida sentido horário –

Sobe pro não-tempo, não-espaço

“Badaladas de relógio

Que só terminam quando terminam”

No coração selvagem.

Tem o tempo no tempo,

Sem a mecânica dos corpos,

Corredeiras de vento

Versos soltos e decompostos,

“Os Não Mecânicos” de carne,

Fé-Coração-Ossos...

 

Rebelião criativa – relógio de pulso:

Verso ao contrário, como um soluço

De coração palpitante que não é de ninguém.

Tenho nas horas vazias, o que não se tem,

No tempo cheio e mecânico, preciso e ordinário:

De amor cíclico, vespertino e solitário.

 

By: Vinicius Osterer

Feito em 05 de Abril de 2021

Francisco Beltrão – PR.


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