EspasmOUT!

Dentro do peito um pavor,

Que transparece na face:

O calor solar que me abrace

Quando o escuro do sono não vem.

 

Não há Terra, não há fato,

Não há pingo na torneira,

Vagando sobre o parto

De minha figura grosseira –

 

Onde estou, o que eu faço?

Espasmo dentro do peito,

Batendo como um infarte,

Pavir, paver, pavor...

VURR – onde estou o que eu faço?

 

A presença se faz ausência e eu desabo,

Seus olhos minúsculos de caracóis sem casa,

Pequenos ciganos emplumados,

O céu enuviando e eu sendo enu-viado,

Em ascensão eu entro na decrepitude,

Dos meus pesadelos modernos:

Espasmo,

E pasmo,

No peito um engasgo,

Abro a porcaria da pia, que não tem água:

 

Água? Nem gelada e nem ge-lante,

Galante em seu in-odoro, in-color e out:

Get out!!!!!!! Espasmo!

 

Na dúvida acendo um cigarro e me jogo fora.

 

By: Vinicius Osterer

Feito em 22 de abril de 2021.

Francisco Beltrão – PR.


Comentários

Postagens mais visitadas