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Deixa sair pra fora, como...

Como...

Como um cuspe na testa

Medonho redondo e molhado.

Não, não...

Como...

Como...

Como um redemoinho de vento

Eixo-giratório-centrípeto-enosado.

Não, deixa tentar de novo...

Como...

Como um verso hipocondríaco

Averso, a-alguma coisa, contrário,

Perto do casal de pombas

E das laranjas laranjas e podres,

Que cortam depois de dois passos

O retângulo-em-base-menor da janela.

Será que assim? Pera... uva, maça...

Mista? Ridículo, infantil, patético.

Então como?

Não, não... como não serve.

Preciso de outra – How, Wie..

Estrangeiras e cheias de W... fora!

Fora! Sim fora! Deixa sair... Já pra fora!

Como uma segunda língua que não cabe na boca,

Nem no dente – the teeth, der Zahn

De leite, de cálcio, de leão...

“Quantos filhos eu vou ter...”

Esparramando anjinhos soprados no céu [poesia],

Como na infância, como na infância! Sim!

Sim, sim!

Como na infância!

 

By: Vinicius Osterer

Feito em 15 de abril de 2021.

Francisco Beltrão – PR.

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