The Wild Man

Meu homem é um perigo constante,
Maior do que uma ameça nuclear,
Com sua língua bifurcada, coração congelante,
E com sua velha mania de não pensar em amar.
Não me deixa olhar pelos seus olhos quadrados,
Com grades cilíndricas e de ferro,
Atrás dos seus muros estão os crimes julgados,
Dono de um paraíso e de um inferno.
Seus olhos são uma prisão,
E dentro deles é que quero permanecer trancado,
Não estou preso aí por uma maldição,
Não fui eu que acabei sendo condenado,
Pagando pelo crime selvagem que cometeu,
“The Wild Man”, foi assim como ocorreu,
Disse que era um obcecado!
Meu homem não mata com armas e truques,
Ele não ama pois talvez cansou de amar,
Nem tem tatuagens e também não tem muques,
Meu homem cansou de viver e sonhar.
Ele disse para si mesmo que valeria o esforço,
Que conseguiria com o tempo apaziguar as dores,
Mas ficou selvagem morrendo de remorso,
Marcando os dias na parede e destruindo as cores.
Disse que era um obcecado!
Trocávamos cartas e visitas esporádicas,
Com poucas palavras que eram muito práticas,
Mas éramos jovens, meu homem e eu,
“The Wild Man”, foi assim que ocorreu,
Um dia cansou da minha desculpa programada,
Me chamou de farsante querendo vingança,
Me puxou pelo pescoço sem pensar em mais nada,
Colocou grades nos olhos verde esperança,
E talvez só assim eu consegui entender,
A culpa não foi minha, ele que era selvagem.
Eu não preciso mais temer,
Por que aprendi a respeitar a minha imagem.
Não tenha medo do que perdeu,
Hoje não é sobre você, esse sou eu,
Com todas as cores mais os tons arroxeados,
Seus olhos foram condenados,
A ter a minha imagem com outro atrás das grades,
Nada justificava seus atos cruéis e tão covardes,
Meu homem não era um perigo, hoje ele é.

By: Vicenzo Vitchella
Feito em 21 de Junho de 2017.

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