SOM

Fractal, o som não é direito.
Como as bolhas coloridas também não são.
Pirâmides quadradas, com amores emoldurados,
Os meus melhores anos dourados,
Quando fico parado e apático te observando.
Amor Amado, Amor Me Amando,
Olha tudo que acabei criando?

Bolhas, riscos, pinceladas, cores,
Faíscas, espirais, fractais e sons.
Talvez amor amado, com outros amores,
Eu tenha resultados grandiosos e bons.

Tenho caminhado todos os dias,
Estou acordando e penteando os cabelos,
Nas tristezas coloco minhas alegrias,
Trocando a escuridão por tons vermelhos,
Colocando uma roupa melhor,
Substituindo comida ruim por fruta.
A dor acaba ficando bem menor,
E a vontade deixa de ser prostituta.
No som, na cor, na vida,
Com o próprio amor de comida.
Olha tudo que acabei criando?
Amor amado, estou me amando,
E faço tudo isso por mim agora,
Não tem outra hora,
Nem outro lugar, meu querido.
Foi bom te amar, mas eu saí ferido,
Dividido, desfalecido, talvez eu tenha aprendido,
A não distribuir o que não pode ser distribuído.
Bolhas, riscos, sorrisos e gel.
Faíscas, espirais, fractais, infiel.
Cores e sons, eu sou e estou aqui,
Como as bolhas coloridas também não são.
E espere: “Sim, acabei de decidir,
Não me quero na estrofe, mas no refrão.”
Naquela parte da poesia e da coisa,
Que eu chamo todo mês de videosia e arte.

Fractal, o som não é direito.
Com o meu coração no peito,
Cheio de bolhas, faíscas e cores.

By: Vicenzo Vitchella
Feito em 16 de junho de 2017.

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