Nem Mais e Nem Menos

Feito em 28 de Fevereiro de 2015...
O cansaço me agarra e me prende,
Com seus tentáculos me faz ser menos do que eu sou.
E os meus problemas não são maiores e nem menores,
Do que os seus problemas ou do que lhe restou.
E não é resto que lhe resta,
E não é pouco que me move,
Deixei uma fresta entreaberta,
Que me inspira e me envolve.
Nós nascemos enjaulados e temos medo de expressar,
Medo da voz que chega e medo de não poder falar,
Mas não nascemos grudados,
Nascemos aprisionados, alguns sem a chance de vitória,
Mas não sou menos e nem sou mais dentro desta história.
Deixei os meus medos e assumi alguns riscos,
E caí de cabeça perante os meus grandes vícios,
Viciei em um jogo que não é de cartas,
Apaguei o meu passado de todas aquelas marcas,
Eu vivi para poder escrever o meu relato,
Talvez eu enlouqueça. Com um tiro eu me mato,
Mas este é o meu primeiro passo,
A preguiça me domina e me vence pelo cansaço.
Os tentáculos estrangulam e me puxam com força,
Para uma certeza, que estou em um jazigo morto,
Enlouquece-me a cabeça e espero que me torça,
Que me governe por um caminho que não me deixe louco.
Eu padeço de um mal e isso não é pouco,
E não é pouco que me move, eu estou solto, tão solto.
A vida é uma caixa de incompreensão,
Um pedaço de um nada em lugar nenhum,
Estou entrando de cabeça nesta escuridão,
Eu não faço sacrifícios e nenhum jejum.
Um pedaço de um nada em lugar nenhum,
E não é resto que lhe resta, você não é comum,
O cansaço que me agarra,
O sacrifico que me prende,
Se tomar mais uma dose, não faço nada que lhe surpreende,
A fresta de luz, o tentáculo que aperta,
Um caminho que se caminha com a mente aberta.
Não existe mais ou menos. A minha opinião nem sempre é certa.

By: Vinicius Osterer

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