É Bom Ser Espontâneo

Feito em 22 de Fevereiro de 2015...

Eu gosto do cheiro de um pano de louça usado,

Impregnado com cheiro de louça limpa e de manga,

Um cheiro de carne e um odor não identificável.

Também gosto de escrever coisas diferentes, coisas que nunca li,

Coisas que apenas eu entendo e que sejam apenas minhas,

Relatos, opiniões, descobertas ou lugares.

Eu não escrevo para uma literatura que se venda,

Para ser um imortal da academia brasileira de letras,

Ou para criar uma saga que vire filme de cinema.

Eu escrevo assim, na minha simplicidade verbal,

Em frases muitas vezes tão “normalzinhas”,

Rimas tão óbvias que chegam a ser engraçadas.

Eu não quero ser o escritor do século,

Eu não quero ter um Best Seller,

Um livro que figure entre os mais vendidos.

Eu gosto disso. Dessa maneira sem pressão,

Sem gosto ou valia literária,

Sem o desgosto ou as câmeras e sessões de autógrafos.

E eu nunca fui assim. Será que eu estou crescendo?

Eu sempre treinei o meu autógrafo! Falei sozinho no banheiro,

Respondendo entrevistas com frases polêmicas para as perguntas!

Eu até acho que ficar aqui sentado e escrevendo,

Torna-se algo que já virou um fato cotidiano,

Um processo pelo qual eu passo quase todos os meus dias.

Eu até perdi o rígido controle que eu sempre fazia,

Onde teria que publicar naquele dia, naquela hora e momento,

Escrever sobre palavras aleatórias, ouvindo uma música que eu goste.

Estou ficando mais espontâneo, acordando um pouco mais feliz,

Falando um pouco mais com as pessoas,

E não escondendo o que eu sinto ou o que eu penso.

E é bom ser espontâneo e ser menos comercial,

Ser feliz ou ficar entediado, gostar ou não gostar,

Não precisar fingir para viver, ou viver para reclamar,

Os problemas são os mesmos, mas eu não sou mais igual.

Eu vejo de uma forma diferente, eu faço de uma forma diferente,

E estou até já se esquecendo de tudo aquilo que eu já passei,

E este texto não é comercial, mas é verdadeiro,

Não figura dentro da categoria de ficção.

E eu admito que esteja gostando, até de não ter sempre razão.

By: Vinicius Osterer