Cigana Rosa

Feito em 22 de Fevereiro de 2015...
Eu vi em sua mão um caminho incompleto,
Repleto da incerteza e sem ninguém por perto,
Para onde foram as suas linhas da felicidade?
Eu caí dentro da toca de uma cobra,
Que devorou a minha vontade de escrever,
E não consigo mais pedir para a cigana Rosa,
O que iria me acontecer.
Uma bebida que não é chá é me servido.
Eu comerei ou eu serei comido?
Eu sou a refeição ou eu sou o seu convidado?
Jogarei as cartas e todos os meus búzios,
Esse texto é para ser complicado?
Melancólico, triste ou macambúzio?
Eu não sou a arte, eu sou a presa acuada,
Sou um monte de linhas que não chegam a nada.
Porque cigana qual é o meu pecado?
Porque essa linha tem que ser a minha estrada?
Cigana maldita você fez um estrago,
O mundo é meu e serei apagado.
Porque cigana qual é o meu pecado?
Viver com pouco ou viver amado?
Existe um espaço vazio e consumido por um mal,
Um ser que me devora, que tira de mim a minha cor,
O covil de uma cobra que me ama e me adora,
Um momento maior do que a minha dor.
Eu preencho com cartas, com previsões e com certezas,
Todas falsas sobre as minhas maiores fraquezas,
Um herói que não devora as suas presas,
Mas é devorado pelos seus medos e seus horóscopos,
O zodíaco das oferendas para Plutão ou para os inóspitos,
Os inóspitos lugares que guardam a bola de cristal,
Que guardam as previsões de cigana Rosa,
Um nome fictício que eu criei com esta prosa.
As linhas do meu corpo tendem a ir para o meu coração,
Está pulsando alguma coisa que dá vida a emoção,
Num ritmo estrelar de um baralho cigano,
Se errar a sua previsão foi por um engano,
E se não devorar você será devorado,
No ninho das cobras com um beijo roubado.

By: Vinicius Osterer

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