Vivendo Com Você


Eco, eco, eco, vazio profundo.
Eco, eco, eco, tudo tão escuro.
Eco, eco, eco, solidão do carma do vampiro,
Escuridão da praga do deserto, vil Nilo.
Rara, amém de Deus, da terra inteira, raraaaaaa.
As vodcas do limbo que me prendem no caos,
E vivo na espera de mais do sempre mau,
No que posso acreditar, escuro da minha glória,
No que posso acreditar, se não caio eu sou escola,
Pobre de coitado de pena sem fé.
Um pé de carvalho curvado,
Um pé de carvalho sem pé.
Muitos não vivem por temerem o escuro,
Outros não dançam na luz do luar,
Alguns impedidos de viver a vida,
Estragam as dos outros sem nunca pensar,
Saia da frente, eu posso ser o próximo,
A ir mais longe do que se possa imaginar.
Eu posso ser ruim e comer todo o mau,
Engolir as palavras e tantos olhares,
O estranho nunca fui eu. Estranha é sua ilusão.
Eu danço e não danço só.
Essa dança da vida que me sufoca e me enche de nó.
Eu vivo e não vivo só.
Sou um dentre os tantos que vivem por ser alguém melhor.
Eu danço na noite de tempestade,
Ou nos dias da saudade,
Do começo de um verão.
Eu danço a meia noite com as estrelas,
Sentado escrevendo poemas,
Ou tomando um bom café para acordar,
Para cantar, para ir, para rir, para ser e controlar,
Controlado é meu remédio de mariposas,
E controlada é a noite do claro e escuro do terror.
Essa noite é o fim, da alegria, do tédio e dor,
É a festa da partida de um cometa do amor,
Um vento de paz do começo redenção,
Da prática dos ensinamentos, do fim da religião.
Desaba o laboratório humano do viver,
Eu enfim posso enxergar, você enfim pode me ver.
Eu posso ser alguém que ainda come todo o mau,
Engolindo as palavras de um alguém sem fé,
No que faz ou acredita. Pobre coitado. Um amém, já é.
Eu faço e não faço só.
Esse fazer tão fanático que me sufoca.
Eu faço e não faço só.
Um olhar biônico e uma face robótica.
Eu vivo no escuro
Eu destruo as fronteiras,
Sou louco e eterno, perco as estribeiras.
Eu caço serpentes capazes de matar,
Eu colho as sementes da paz de Alá,
Eu sou o pecado enjaulado querendo acordar,
Querendo dançar, querendo cantar, querendo pular, querendo fazer,
De começar a por em pratica aquilo que crê,
Que vê que sabe. Que vê e não viu.
No escuro, eu sei que vivo.
Esse é o começo eu não me desligo.
Tantos outros que morreram solitários,
Na solidão de suas artes, eternos na glória,
Eu sei que posso, por isso faço,
Eu sei que vivo, você que chora.
Amém a vida, amém a Cristo.
Amém a tantos, que clama o grito.
Vivendo com você, nessa escuridão tão vazia,
Você pode me rejeitar pela glória, eu posso fazer a sua alegria.

Feito em 03 de Novembro de 2011.
By: AyKe.AeRa.

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