Sujeito de Merda!

Deixe de ser tão óbvio, sim, bem você.
Você não vive apenas uma aparência que finge ser a realidade?
O que você esconde dos outros mas não esconde do espelho?
Tem haver com a opinião? Você não aceita um conselho?
Não é desta forma que o mundo funciona,
E ele não deixa de girar em sua rotação por você,
Você não é o centro da nossa galáxia, e nem sabe tudo,
Você não pode saber de tudo, por que ninguém sabe de tudo.
E você é mais um ninguém, um ninguém sem voz.
Deixe de ser tão óbvio, sim, bem você.
Não adianta se esconder de você mesmo,
Por que para mim isto não é sincero, eu sei ver o que há atrás.
Pegue o seu buquê de flores mentirosas,
Nenhuma possuí a cor da verdade que é transparente como o sol,
Como a chama da luz que ilumina e transpassa os corpos.
Você não pode enganar sua mancha de inverdades,
Por que elas aparecem e elas não são autênticas.
E deixe de ser tão óbvio. Como ainda alguém caí nesta conversa?
O seu amor de mentira não é vida que se viva!
A sua falta de vontade não motiva a verdadeira fé.
Você vive pelos aplausos que nunca teve,
Na sua família, com seus amigos, pela sua aparência.
E deixe de recriar as minhas palavras, dizendo ser o que você pensa.
Deixe de ler o que escrevo e dizer que é sua inspiração.
Você pode muito mais do que isso. Abra a venda que tapa a sua visão.
Sim, bem você! Eu sei o que você anda fazendo!
Não me pergunte como, nem por que eu sei. Isso é um segredo!
Mas deixe de ser óbvio cara. O que mais você quer de mim?
Este seu sadomasoquismo pelo que eu faço é estressante!
Coloque nome nos bois, dê o nome para quem realmente cria,
Para quem faz e não copia,
Por que de obviedade já basta a sua presença neste mundo.
Você diz por aí que me admira pela vida que eu tenho,
Você faz com que tudo não passe de admiração,
Mas convenhamos que isso já é obsessão,
Por que você não tenta fazer alguma coisa sem a minha presença?
Sem as minhas palavras lhe fazendo pensar que eu sou triste,
Que eu não tenho uma vida feliz ou que não posso fazer melhor do que isto.
Não preciso de suas permissões ou confirmações para ser bom.
Eu sou bom e pronto. Eu sou bom por que eu quero ser bom.
Eu quero ser eu mesmo. Eu quero ser isto tudo que eu sou.
E você? Por que não se aceita e me deixa em paz?
Eu não preciso de você, de sua obsessão e de seu desejo,
Pelas coisas que eu tenho, pelas coisas que eu faço.
E por fim lhe agradeço, mas este é o meu espaço!
Deixe de ser tão óbvio, sim, bem você.
Você finge que não, mas eu sei que me vê.
Você não é o centro da nossa galáxia, e nem sabe tudo,
Você não pode saber de tudo, por que ninguém sabe de tudo.
E você é mais um ninguém, um ninguém sem voz.
Deixe de ser tão óbvio, sujeito de merda.

By: Vinicius de Góis
Feito em 27 de maio de 2016.

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