Muro de Berlim

Substituindo o “te” por “me”.
Eu sou meu próprio Muro de Berlim.
O amor tapa a visão e a gente finge que não vê,
Que apenas somos nós mesmos no fim.
É difícil ter que deixar ir embora,
Há um mundo tão grande para ser habitado!
Uma hora cansa quando a pessoa nem dá bola,
Deixar ir, faz com que eu fique bem mais aliviado.
Eu confesso no banheiro: queria muito ter te amado!
Quem sabe em outra vida esse amor será ainda concretizado.
Oh como eu me amo!
Sou a Alemanha da Guerra Fria separada,
Deixe ir para o outro lado, minha pessoa amada,
Ainda existem muros para nossos próprios preconceitos.
Não quero ser correto, pois tenho sim meus defeitos,
Oh como eu me amo!
Eu não arrumo meus cabelos para você,
Eles são escovados todos os dias para mim ser melhor,
Melhor para mim, só você que não vê,
Que vivemos um ciclo de mudanças muito maior,
Maior do que tudo que deixei partir.
Pois hoje eu quero sim cair,
Nem sempre se deve estar lá tão no alto.
Estou sublime, isso é a morte?
Vem chegando devagar sem contar os passos.
Eu ainda devo contar com a sorte,
Para me desvincular de você e cortar os laços?
Você pode cercar os meus limites, querer derrubar meu império,
Mas o amor que eu não te dei é tudo aquilo que eu ainda quero,
Por que não posso desejar você por completo,
Oh como eu me amo quando você não está por perto!
Seus olhos...
Oh como eu me amo!
Sua voz...
Quem sabe eu que me engano!
Volta para o meu lado mas não ri da minha cara,
Por eu parecer tantas vezes tão patético e perder a fala,
Quero te amar na violência de sua arma e sua bala,
Que me transpassa e me transporta para uma guerra violada,
Minha Alemanha ancestral, terra oh muito amada!
Tanta vida. Por que insisto em dizer que estou sozinho?
Por que queria a sua presença e o seu carinho?
Eu já manchei o meu banheiro com lágrimas e desejos,
Recolori com todas as cores os meus novos azulejos,
Eu confesso que queria muito mais do que simples beijos,
Eu confesso que queria muito ter te amado!
Oh como eu me amo quando eu não estou do seu lado!
Quando você irá derrubar o muro que me separa de você?
Cansei desta Guerra monótona e fria.

By: Vinicius Osterer
Feito em 13 de Dezembro de 2016.

Comentários

Postagens mais visitadas