A Presunção
Se
eu estiver sozinho, triste sem percepção,
O
que faria com a minha vida? O que faria com meu coração?
Isso
não me cativa, escrever é minha libertação,
Eu
sou contra a sua má vontade e a sua aceitação.
Eu
acho que me olho no espelho como um retrato de alma,
Presumindo
o que me faz pior ou o que me faz manter a calma.
E
nesta presunção meio um pouco inconsequente,
Eu
aprendi a viver, aprendi a ser mais gente.
Mais
gente? Gente nem sei o que é.
Gente?
Não é gente? Deus sabe o que faz,
Se
eu tiver um pouco mais de fé,
Olharei
para frente e não mais para trás.
Eu
tentei. Por inúmeras vezes, e eu nunca desistirei,
Tracei
um plano para continuar e não desistir.
E
se Deus quiser, eu sei que eu ainda viverei,
Em
cada linha que eu vi surgir.
Eu
tenho fé em mim. E isso é o mais importante,
Eu
posso mais do que isso, eu posso ser o que eu quiser.
E
eu cansei de meias palavras e de ser redundante,
Eu
tenho atração por homem e por mulher.
Diga-me
se existe algo tão vexatório,
A
ponto de não poder nem mais me expressar.
Eu
sempre passei por um interrogatório,
Por
que eu amo diferente e por que eu amo amar.
Eu
sou hoje a libertação da estranheza,
Eu
amo a vida e eu amo a beleza,
O que me importa se não é do jeito convencional,
Eu
amo amar e isso é tão normal!
Demorou
a isso acontecer?
Você
errou em suas apostas!
Eu
sou normal e não irei me prender,
Apenas
lhe darei as minhas costas!
Eu
quero um mundo mais aceitável e tolerante!
Amar
é um sentimento, eu amo e isso é normal!
Não
importa se um homem ou uma mulher, um semelhante,
Eu
amo o que eu sou, amo ser bissexual!
O
que muda com tudo isso?
Eu
ainda serei o mesmo, serei igual,
Farei
e agirei da mesma forma,
Se
arrogante, egoísta, frio e calculista ou anormal.
Se
eu estiver sozinho, triste e sem percepção,
O
que eu faço com a minha vida?
Primeiro
eu abro o meu coração,
Para
dissipar essa grande ferida,
Depois
eu amo o que eu sou e o que me tornei,
Aquilo
tudo que eu faço e tudo aquilo que realizei,
E
me aceito como eu sou, da maneira mais real,
Eu
amo o amor, sem conotação sexual.
É
bom encontrar a aceitação dentro do nosso próprio peito,
E
se depender de mim a sua injúria não terá proveito,
Por
que o amor pela minha vida é maior,
E
não ser tão “convencional” não é ser pior,
É
ser exatamente aquilo tudo que a gente é,
Um
punhado de mesma carne, com algumas crenças e uma fé.
E
isso é verdade? Isso é uma aceitação.
Eu
busquei dentro de mim esse punhado de emoção,
E
nesta presunção meio um pouco inconsequente,
Eu
aprendi a viver, aprendi a ser mais gente,
Mais
gente? Gente nem sei o que é.
Gente?
Mais que gente? Deus sabe o que faz,
Se
eu aceitar-me e tiver mais fé,
Olharei
para frente e não mais para trás.
Apenas
lhe darei as minhas costas!
Você
errou em suas apostas!
Eu
não sou um rótulo de seu sadomasoquismo verbal,
Amar
é um sentimento, eu amo e isso é normal.
Que
em cada linha você veja o amor e não o julgamento,
Eu
sou um artista fraco, sem uma reputação e sem talento,
Mas
estou envolvido neste fascínio que é a liberdade,
Se
aceite como é, não seja mais um covarde!
Os
olhos cansaram, a sua língua deu um nó,
As
suas opiniões se esgotaram e você não vive só,
Todo
o mundo que você criou como uma barreira,
Não
o deixa livre para se manifestar,
E
não existe mais proteção, mesmo que você queira,
Você
sempre foi assim, é o seu jeito de amar.
A
vida? É maravilhosa! Tem cores e tem felicidade,
Enfim
acabei esta prosa, sobre mim, a aceitação e a liberdade.
By:
Vinicius Osterer
Feito
em 03 de Agosto de 2015.
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