Astrologia Sagrada
Batem-se os tambores e jogam-se as
runas,
O futuro foi lançado e traçado na
palma da minha mão.
Por que eu não me jogo contra o
vento?
É rápido de mais para eu permitir que
este texto seja livre,
E que pertença à um refrão de uma canção
universal,
As minhas poucas esperanças sobre os
resultados do que se vive,
Acabam com os meus problemas pondo um
grande ponto final.
E por que eu me permito ser um homem
violado?
Por que as cartas não podem acertar o
meu futuro?
Por que acreditar nesta astrologia
que me deixa frustado,
Pendendo para lá e para cá em cima de
um muro?
Talvez errada seja a cultura daquilo
que se faz acreditar,
Que dentro de uma economia você só
faz por que você gosta,
Queria ver se você estivesse em outra
situação e lugar,
Vivendo em um mundo fragilizado de
bosta.
Você pode não querer exatamente o
dinheiro, mas quer ser lembrado,
O que lhe faz por breves instantes um
sujeito como eu, homem violado,
Por que não se presta ao serviço de
fazer e de criticar menos?
Ou quem sabe parar de pensar na arte
e no “Nascimento de Vênus”.
Existem coisas reais, maiores que a
astrologia e que as cartas,
Um mundo empobrecido que cada vez é
mais individualista.
E não adianta se embriagar de uma
filosofia sobre lagartas,
Se continuar a ser um grande ícone
exibicionista.
Eu coloco à venda as minhas palavras
e o meu pensamento,
Por que eu vivo de uma economia
capitalista de mercado,
Este é mais um relatório astrológico
de um sagrado sacramento,
Que chegou para acabar com o meu
atual estado,
Eu estou dentro de meu maior e penoso
isolamento,
Bebendo água santa para redimir o meu
pecado,
E se isto tudo tem a haver com o meu
sentimento,
Eu peço desculpas por que não posso
ser mais o culpado,
Por que é que eu não me jogo contra o
vento?
As runas já me alertaram deste
nascimento,
Sou eu nascendo dentro de mim e da
minha solidão,
O futuro foi lançado e traçado na
palma da minha mão,
Por que as cartas não podem acertar o
meu futuro?
By: Vinicius de Góis
Feito em 01 de Junho de 2016.
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