Vinicius Borboleta

Resolva o que você quer de mim, eu disse ao espelho.
Ao espelho de mim sobre a luz negra de suas pupilas arregaladas.
Talvez não queira, eu que não te entendo.
Disse: “Resolva o que quer dizer para mim, 
                                             [o senhor das madrugadas!”
Segue em frente, no seu caminho, vá vivendo.
Foi o que (ou)vi, e vou tentando.

Na luta que carrego sobre o peito
O Vinicius Borboleta rascunhado,
“Não ame assim, não ame assado, ame direito!”
Amar direito? Mas eu sou todo errado.
Tem tanta coisa que não aconteceu no almoço
Volte e meia com uma corda no pescoço
Conotações em um buquê de rosas amarguradas.

Imperatriz tão comunal eu te carregado
Te chamo de meu amor, e deixo ficar comigo até tarde.
E se tardar e eu perceber que não nego
Que meu amor por ti é pura infantilidade,
Chuva fraca como garroa, sol nascendo com naturalidade,
Eu digo para minhas constelações de versos:
Eu não quero a metade de um Algui******,
G********guem,
Deus dará,
Diabo a quatro,
Cena dezesseis do último e definitivo ato.

Vinicius Borboleta,
Seus olhos brilham menos
Do que o céu de fogo do apocalipse moderno,
Arremessado no inferno
Gosto de sentir e dessentir amor.
Se você ainda está acordado escrevendo sobre isso,
Fique sabendo que você é um grande trouxa,
Vinicius, pegue suas asas e vá embora,
Não tenha uma postura frouxa,
O ônibus da vida passa de hora em hora.
Segue em frente, no seu caminho,
“Luz, câmera, ação”

Papel de trouxa: (- De flor em flor que eu passei,
Não achei o que achei, sobre ti ó pétala de mau-me-quer.
Nas vezes que parei para lhe observar e vigiar sua beleza noturna,
Acabei gostando da luz que vinha da lua sobre sua face fria,
Às vezes longe, apática e vazia,
Cobrando de mim o que todo mundo cobra em palavras verbais.
Não somos mais do que animais,
Que cantam, sonham e sentem,
Personificando o bem então mentem,
A mentira não é vista quando cegada pela noite...)

Corta. Quero mais expressão e menos palavras bonitas...

Papel de trouxa: (- De flor em flor que eu passei...)

By: Vinicius Osterer
Feito em 10 de março de 2018.
(*) Censurado.

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