Pão e Circo

Feito em 20 de Março de 2013...
Dei-me o pão e o circo,
Dei-me o público e o espetáculo,
Dei-me um pouco mais eu insisto,
Sabedoria de um manipulador barato.
“Ligam as luzes do meu exorcismo,
Eu sempre fui a aberração do palco,
Querem ver mais do meu popular erotismo,
Acrobacias, malabares e saltos.”
Me contorço, me contorço e me rebato.
Um humor barato, uma vida de fato,
O olhar de estar farto. Um manipulador barato.
Dei-me o pão e o circo,
Dei-me o público e o espetáculo,
Eu gosto de agir com cinismo,
Me contorço, me contorço e me rebato.
Eu sou cigano, africano e mulato.
Americano, Japonês e sensato.
Entretenimento é deterioração de espaço.
Vazio, é vazio, seu amigo é abstrato.
No Brasil, no Brasil, eu sou patriótico,
Simbiótico, habitável, um protótipo.
Mate minha fome com pão, mas quero tâmaras,
O circo chegou ao sul ao norte e nas Bahamas.
A frança é minha pátria, Paris meu recomeço.
A tanta gente na platéia, enfim lembrei e não me esqueço.
O seu nome é lembrança, uma pedra e meu tropeço,
Por favor, me deixe em paz, eu quero pão, me dão e adormeço.
O circo abriu suas portas, espere pelo pior avesso.
Pierre Faurier, a França, o circo, desapareço.
Rola água, chove lá fora,
Eu quero pipoca e algodão, alguma esmola.
Dei-me o pão e o circo,
Dei-me o público e o espetáculo,
Não posso regredir, eu fiz, farei e ainda o faço.
Foca em mim a sua luz, chame um amigo e volte alucinado,
São as grades de uma prisão, de uma visão, de um condenado.
Na luz, na luz, dei-me o melhor espetáculo,
O pão e o circo amenizam a situação, estou fraco, estou fraco.

By: Pierre Faurier...

Comentários

Postagens mais visitadas