Lembranças Do Não Vivido

Feito em 06 de Maio de 2011.
Como se esquecer de uma vida não vivida?.
Vivida sim, mas não por mim.
A mesma criança doente cresceu,
Seus loiros cabelos e seus olhos verdes se foram.
Assim como sua grande e magnifica mãe,
Que adora um grande e magnifico Deus,
Que também se foi.
Tudo o lembra que nunca viveu,
Seu passado ele já até esqueceu.
E as recordações se tornaram escassas.
O que pode me parar?.
E os anos nunca foram contornados.
E a vida não foi vivida.
E os finos fios da marionete, o controlam.
E sua inutilidade não o faz pensar.
E em questão de um ano,
Vira o mágico das palavras,
E se transforma em um demônio.
Um demônio das heresias.
Um demônio do bem e nunca do mau.
E seu espírito que gritava,
De sua algema da pureza se libertou,
O fez emacular seu cabelo,
E o fez emacular sua dor.
Suas agonias e pensamentos,
Em palavras o revelou,
Um mundo de segredos,
Dos quais nunca nem pensou.
E de uma santa forma,
Foi tachado de ser do mau,
Mais o que nunca lembram,
É que o tiram de uma mãe.
E este foi o marco da sua decisão,
De renegar um Deus já morto,
De seguir rumo à direção,
Da beira de seu abismo,
Seu abismo pessoal,
Onde tudo se faz em dança,
E a doença não traz o mal.
E quando o diziam para não mais amar,
Seu coração ganhou uma dona,
Que da noite fez sua vida,
Que da noite o elevou a Tona.
E agora os dias se encontram,
Sem um passado e sem um fim.
E o sol e alua agora cantam,
E para o profeta ele diz sim.
E que ele viva enquanto dure,
Sua fiel voz de pensamento,
Que o liberta por palavras,
Que o transporta em viagens,
Por experiências de uma vida,
Não vivida e agora feliz.
Tantas buscas para o óbvio,
Para algo que é amor,
Para algo que é negro.
E assim se faz mais um conspirador,
Que a provar de sua sopa,
E acabar com os ossinhos,
Toma todo o veneno,
E morre sem gritos ou gemidos.
Onde está sua misericórdia?.
Onde está o azul do céu?.
E as lembranças pegam fogo,
E a vida servida ao mel,
Pois é doce em pecados,
Pois é doce em histórias,
Pois é doce também em agrados,
Ela é doce em glórias.
Vivo sim, mas não vivia,
Era ligado em opinião,
Com as ruins me destruía,
Com as piores chorava então.
Mas à aprender a viver a vida,
Cuspi na cara dos traidores,
Pisei na cabeça das serpentes,
E matei os desertores.
Mas o amor que enterrei,
Reviveu com a minha noite,
Com a dama negra da lua,
Com a dama negra do amor,
Que me encanta, que me assassina,
Que tira de mim meu coração.
E que leva meu pentagrama,
Pois eu a amo, de paixão.
Da infância da birrentice,
Da adolescência da indecisão,
Da juventude da burrice,
Para a vida da perdição.
Onde se esquecem seus valores cristãos,
E se buscam pelas sombras geradas da luz,
E pelos guerreiros da cruz e da espada.
Sim agora vivo, sim agora vivo.
Vivo na beira do inferno,
E busco por um terreno no céu,
Quem sabe compre um na igreja,
E descubra o grande véu,
Que encobri as fantasias,
De um mundo de mentira.
E ao brincar de roleta russa,
Com alguém dentro de mim,
Após ler o Zaratustra,
O pobre coitado teve seu fim.
Para a glória do mundo,
E do senhor da chuva,
Que regenera os mais fracos,
E levanta e se cruza.
E em cruz se fez um dia,
Uma vida não vivida,
Mas pela mesma cruz,
Ouve fatos e mudança sofrida,
Agora eu vivo feliz,
mas antes eu nem vivia,
Apenas acabei com o mundo da minha fantasia.

By: AyKe.Hanedef.

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