O Rito da Lua

Ao entoar o canto a lua. A saborear o prazer e a paz que cura. A amar o céu negro e as estrelas. Ao se apaixonar pelo vento, a penca de rosas vermelhas. E querer tudo bem tracejado. Do começo ao fim um mau ainda não começado. Um vício, um desafio. um resquício da primavera de Abril. Um grande poema épico declamado. Um pequeno pensador de mente perturbado. E a magia da noite encanta. E com a magia da noite a alma se espanta. E são mencionados momentos do passado. Do presente e do futuro inacabados. Do direito de viver e lutar por objetivos. E ser jovem o suficiente de caras com sorrisos. Abertos e fechados a luz do luar. É lua cheia e tudo vai continuar. O canto, a festa, o traço. A fita, a algema, o abraço. Quem sabe o toque do mundo do "quem". Ou quem sabe o cheiro negro do estar bem. De possuir um rito. De poder dar um grito. De ser assim e gostar sem reclamar. De agradecer a lua por me dar o luar. De agradecer o sol por vida me fornecer. Por fuzilar na mente o negativismo até desaparecer. E entoar o canto chamando Deus. Os filhos da Terra, os filhos que são seus. Obrigado por doenças e fracassos. Obrigado pela tolice, pelos fiascos. Enfim obrigado por ser o caçador e não a caça. Por nunca ter cometido nenhuma desgraça. Por ter nascido e ter sido deformado pelo mundo. Mas agora sim, enfim obrigado por meu tudo. Vampiro negro da lua. Tua alma é minha, minha alma é tua.

By:AyKe.Hanedef.

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