O Meu Homem Social
Eu não estou reconhecendo esta pessoa
que me tornei,
Alguém mais social em mim acabou
brotando,
E sinto que tudo o que Deus
arquitetou que nem imaginei,
Está fazendo com que as coisas acabam
germinando.
Germinar e brotar como uma vegetação
e uma espécie,
Ir contra a minha própria cultura do
que é o correto,
Descer para uma sociedade mais humana
que não padece,
Do mal que atormenta o nosso grande e
precioso século.
Fiz uma auto aceitação dos meus
problemas internos,
Omiti as circunstâncias que não queria
mais ver para me culpar,
Roguei para Deus me ajudar a superar
os meus infernos,
Agora eu sou mais vida dentro da
perspectiva que acabei de criar.
“Gente. Sou gente até mesmo que nem
sei o nome.”
Incerto como o frio que é para vir e
acaba não vindo.
De uma coisa eu tenho certeza, eu
acordei com mais fome,
O meu homem crescido quer comer a
cultura do que é lindo:
Dos romances dos livros, da manifestação popular,
Dos romances dos livros, da manifestação popular,
De um governo socialista que não pode
me manipular.
Está na hora de eu pintar o meu
cabelo e sair pela rua,
Não com as cores daquilo de querem
que eu pinte,
Está na hora de lutar e dizer a minha
opinião mesmo que crua,
E não omitir aquilo que todo mundo
faz e omite.
Eu não falo a sua língua, mas mereço
uma condecoração,
Eu luto pela classe trabalhadora e
executora da revolução,
O meu time é do jeito que não tem
jeito de ser gente,
Tem a haver com uma espécie de ser
humano mais transparente.
E mesmo que me faltem injeção de
ânimo capitalista como resposta,
Passarei para o lado mais revolucionário
desta grande bosta,
Por que quanto mais leio, mais sei
que tudo não pode ser mudado,
Por que alguém possui o poder
aniquilador que me mantém conformado,
Eu sou a minha classe, eu sou aquilo
que já predestinaram para mim existir,
Não posso descer para outro escalão e
só por sorte eu poderei subir,
Não sou decisor dentro de um espaço
cada vez mais segregado,
E na igreja continuam a pregar que o
que eu faço é um pecado.
Pela primeira vez fui atingido na
cara por água benta vendida,
Vendida pela companhia que trata a
água como um produto,
No altar ela foi transformada em água
santa e ungida,
Mas eu continuo a me perguntar para
onde foi o meu dinheiro bruto.
Para onde foi o meu dinheiro
corrompido?
Eu preciso rezar tanto para me sentir
mais protegido?
E me proteger do que? De que espécie?
Em que circunstância?
Viver para pagar impostos que não me
levam a nenhuma distância.
Apenas aumentam ainda mais aquilo que
eu vejo pela janela,
Dentro da minha cidade pequena, de
pulsar grotesco de uma fera,
Que devora aquilo que eu não posso
ser, o lugar que não posso estar,
Eu tenho que me iludir dentro da
perspectiva de me encaixar?
Eu sou um problema? Eu sou uma
solução?
Eu sou manipulável por que eu não
tenho opção?
Eu não estou reconhecendo esta pessoa
que me tornei,
Alguém mais social em mim acabou
brotando,
E sinto que tudo o que Deus
arquitetou que nem imaginei,
Está fazendo com que as coisas acabam
germinando.
Permita-me acabar este meu raciocínio
ideológico,
Ou nós pensamos ou simplesmente não existimos.
Roguei a Deus para superar os meus
infernos.
Peguei uma pilha de livros e abri para ver o que aconteceria,
Peguei uma pilha de livros e abri para ver o que aconteceria,
E eu não pude acreditar no que isso
tudo me sucederia,
Não consegui mais parar de descobrir
que era um homem social,
Somente parei quando cheguei a ler o
que dizia no final,
Assim eu comecei a pensar. Comecei a
me desconhecer.
Repensei: por que rezar? Eu preciso
tanto me proteger?
By: Vinicius de Góis
Feito em 18 de Maio de 2016.
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