Conversa Solitária
Feito em 10 de Fevereiro de 2015...
Eu
sentei para conversar comigo mesmo,
Uma
conversa longa e calma,
Que
tentava descobrir por que cheguei onde estou.
Por
que eu cheguei onde eu estou?
Eu
perdi a parte em que aprenderia socializar,
Mas
ganhei muito tempo a mais para sorrir e criar,
Criar
um mundo imaginário, com personagens fictícios,
Que
viviam coisas fictícias, com hábitos fictícios,
Vontades
e prazeres que eram todos descartáveis.
Eu
vivi um amor tardio, um desses que você idealiza,
Com
idas ao parque e passeios de mãos dadas,
Noites
românticas com galanteio e tudo mais.
Eu
rimei até com o inferno, eu criei um mundo sujo,
Eu
li sobre todos os tratados, de quase todas as convicções,
Em
busca do que seria esse tal de “Deus”.
Eu
tentei me matar com remédios, e tomei muitos remédios,
Eu
fiz terapia para aceitar alguns fatos,
Dentre
eles a minha certeza que posso controlar o incontrolável.
Eu
escrevi cartas de amor, escrevi coisas sem nenhum sentido,
Levei
um rosa para alguém que era especial,
E
para a minha mãe que partiu com o meu coração.
E
as rosas vermelhas passaram a ter algum significado,
E
eu comecei a significar alguma coisa,
Eu
fui o garoto que foi aplaudido duas vezes por um trabalho.
Eu
chorei, por que eu descobri uma grande realização.
Eu
desejei não ter nascido para poder parar de sentir dor,
E
eu operei a minha enfermidade de quase um garoto morto.
Eu
parti para novos caminhos e novas amizades,
Eu
descobri nos olhares as piores falsidades,
Eu
achei em mim uma vontade tão grande de viver.
Eu
me odiei e odiei o meu cabelo,
Eu
pintei e eu cortei modificando,
As
cores, os comprimentos e os meus hábitos.
Eu
me joguei no chão da cozinha,
Eu
me joguei no chão do banheiro,
Eu
fui além daquilo que eu até mesmo imaginava.
E
eu sentei para conversar comigo mesmo,
Em
um texto sem rima, mas com liberdade,
Por
que eu mudei, enfim eu cresci, eu ganhei com criatividade.
By:
Vinicius Osterer
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