Figuras de Vênus


 A distância separa tuas mãos parasitárias

Dos meus cabelos embolados noturnos:

Permanece sobre meu corpo escuridão?

Ombreiras e punhais, sinos ciganos

Descendo sobre a linha do pudor desvelado:

Permanece sobre seu corpo a dor [mecido]

E configurado

Como máquina de soltar vapor?

 

Crê cego e confiante no “eu te amo”

Das bocas salivantes e cativas

Remanescentes querendo permanecer e fi(n)car?

O céu cantando na rima, a lua crescendo

Sobre as marcas de suas nádegas harmônicas:

Sinfônicas salivas pres [entes - reunidos]

Quase adormecendo

Corpos, corações e mentes.

 

O sabor de laranja e o pêssego camuflado,

Rodando sobre o maxilar deslocado:

Você pode apertar mais com a sua mão?

A cera da vela escorrendo o veneno

Figurando no escuro, dando de aceno:

Associado ao contorno que em vão

Constrói um altar

[para Vênus – e mea'mar]

Nos separando por um milésimo ínfimo –

Vivendo e entrando em mim

Como um hospedeiro [não por hoje]...

Parasitário. Preso na ponta

E cheio de ovos

De vespas ve [nu] sianas.

 

By: Vinicius Osterer

Feito em 29 de janeiro de 2021.

Francisco Beltrão, PR.

Comentários

Postagens mais visitadas