Bem vindo a Bordo!"

Bem vindo a bordo é um equívoco? Não sei se você é bem vindo (e escrevi no masculino, estruturando e reafirmando a sociedade em que vivemos, oh céus como odeio os péssimos hábitos adquiridos desde a infância - odeio reafirmá-los, e sim poderia apagar, mas resolvi deixar dentro do fluxo das ideias que vinham em ordem na minha cabeça). Estava lendo um post de um perfil que amo no Instagram, e dei de cara com a imagem de uma mulher em um band-aid: achei bonito a frase sobre embarcar em um processo de cura. Meu isolamento tem sido uma viagem constante de cura. Achei bonita e poética a ideia de que o mundo está doente e se recuperando... Assim como eu. Pretensioso, eu sei! Eu não sou o mundo, sou apenas um nele. Mas, são estas pequenas coisas, como o último gole do café enquanto a bolacha decorada com creme branco - que esqueci a droga do nome - fica no prato gritando: Me coma!!!!!!!! bem, estas pequenas coisas que me fazem não "dar um google" e ver que a pandemia ainda não está no seu pico aqui no Brasil e já deixa um rastro assustador... Enquanto a merda do presidentizinho vai acompanhar o povo nas ruas pedindo a volta do AI-5, de uma intervenção militar... Será que o que venho fazendo é uma fuga? Talvez. Já li algo sobre o cérebro criar fugas e imagens falsas para manter a sanidade. E convenhamos, haja sanidade para viver neste país - no meio de uma crise de saúde e ideológica, que nos joga descarga a baixo... Vou tentar terminar uma poesia que estava escrevendo ontem, olhando para o canteiro de flores aqui da casa do meu pai em Beltrão (aqui não é mais minha casa, há algum tempo)... Se ficar incompleta, foda-se! Até mesmo o melhor dos seres humanos é incompleto... 

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