Memória Curta

Feito em 17 e 18 de Outubro de 2014...
Meu nome é Sebastien e essa é minha história,
Isso tem haver comigo e com a minha curta memória,
Eu posso reiterar que existe um ponto em que não sou normal,
Apenas um ponto que anda me fazendo muito mal.
Eu luto contra um pensamento que já havia sido planejado,
E não consigo entender como eu encho tantas folhas,
Acabei por mudar tudo que era perfeito e tão bem pensado,
Mas quando foi que apareceram as múltiplas escolhas?
Não se pode mais nem prever o futuro,
Não se pode mais confiar em ninguém do passado,
Dentro da minha casa eu me sinto tão seguro,
Eu virei um objeto sem valor e quebrado.
E não consigo mais responder nenhuma pergunta,
Quando foi que apareceram as múltiplas vontades?
Parece que tanta coisa ruim sempre vem junta,
E não consigo esconder minhas múltiplas personalidades.
Teve um momento que isto tudo passou a ter algum sentido?
Talvez eu pudesse ouvir um pouco mais do que eu digo,
Minha vida não é tão medíocre ao ponto de eu não acreditar,
De que seria um imenso prazer ser feliz e poder me amar,
Pois toda e qualquer coisa tem uma hora e tem um lugar,
E neste ponto eu sou um espectador que não pode nem julgar.
Aonde as coisas chegaram? Aonde elas poderão chegar?
Não se pode ver a justiça e não se pode mais nem questionar!
Não se pode tanta coisa, já não se pode nem mais falar.
Não consigo esconder o medo que tenho das pessoas,
Das coisas que eu faço, da opinião que eu recebo.
Eu tenho um trauma decorrente das minhas escolhas,
E às vezes eu falo e eu nem mesmo percebo.
Sempre fui um alvo tão fácil, e hoje eu estou segurando a mira,
Com receio por temer tantas coisas inaceitáveis,
Nada mais me derruba e você não é mais a mesma mentira,
Você agora é real, e busca por coisas inabaláveis.
Eu não me permito e a minha religião também não,
E não faz mais sentido ouvir apenas a minha razão,
Prometi não pecar e nem mais falar sobre isto pelo momento.
Por que tudo é tão difícil e eu não tenho sentimento?
Existe tanta coisa maior que a minha boa compreensão,
Não sei se peco em meus planos ou se mantenho a direção,
Por que não posso conviver pacificamente na dualidade,
E se não gostar? E se gostar? Que haja uma neutralidade!
Não sei onde começam ou onde terminam as escolhas,
Tenho tantos medos, receios e minhas vergonhas.
Não me permito sentir tudo aquilo que eu sinto,
Às vezes eu sorrio baixinho, entre choros, e eu omito,
Não preciso escrachar a realidade, eu sou um mito.
Como posso ser extremo? Eu sou o silêncio e tenho dito.
Não consigo mais pensar estou com a memória curta,
A minha boca está fechada enquanto minha cabeça surta.
Verdade que é verdade nunca poderá ser absoluta,
É em parte uma mentira, é uma pedra ainda bruta.
Eu não posso esconder que foi embora o meu talento,
Eu tento escrever e tento criar e só reinvento,
Nada mais é como antes, minha memória é como vento,
Vai e vem com um sentido, vai se indo e já é tempo.
E por que meu deus eu tenho que escolher?
Por que não posso apenas fugir e me esconder?
Por que não posso ficar com tudo isto que eu sinto?
A minha mente está furiosa, é um cão raivoso e faminto.
Ainda sou Sebastien? Acho que sim é minha memória,
Isto tem haver comigo e com a minha vida e história,
Como posso não acreditar que ainda existe alguma vitória?
Um dia na lama, um dia de cama, no outro dia a minha glória.

By: Sebastien Cavendish

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